Educação privada vira centro de disputa em âmbito nacional. Nessa semana, duas grandes marcas de faculdades particulares passaram a brigar pelo posto de maior conglomerado de ensino do país. De um lado, está o grupo Ser Educacional, com forte atuação no Norte e Nordeste. Do outro, a marca Yduqs (dona da Estácio), com propostas de mais de R$ 4 bilhões. Entenda.
O mercado de educação privada sempre foi visto como uma ótima oportunidade de investimento. Dessa forma, ao longo dos últimos anos o país ganhou grandes grupos responsáveis por controlar parte significativa do ensino privado.
No momento, o setor está em disputa, pois as duas marcas citadas, ao comprarem a Rede Internacional da Universidades Laureate, poderão ganhar o titulo de maior grupo acadêmico do Brasil.
A Laureate, referência em São Paulo, está entre os quatro primeiros no pódio de maior centro educacional. Dessa forma, o grupo Ser Educacional viu uma oportunidade de barganha para ocupar o primeiro lugar. Para isso, fez uma oferta de R$ 4 bilhões, visando obter todas as titularidades da marca.
Na sequência, o grupo Yduqs, proprietário da rede Estácio que atua em todo o país, fez uma contra proposta com um valor ainda maior. Em menos de 24 horas deu início a uma disputa de poder para poder controlar o mercado de ensino superior privado.
Para o grupo Ser Educacional, a vantagem em destaque é sua capacidade conquistar ainda mais espaço no mercado de São Paulo e demais regiões do Sul. “O maior mercado educacional do país deve ter uma recuperação econômica mais acelerada que outras regiões”, afirmou relatório da Levante Investimentos sobre a disputa.
Já para a Yduqs, a justificativa utilizada foi a capacidade de promover uma transação de forte potencial entre gerações de valores diferentes administradas por ambas as marcas. “O Grupo Laureate se encontra em regiões de influência importantes para a Yduqs, tais como São Paulo e Sul do país”, afirma a nota.
A Laureate vem sendo tão disputada pelas seguintes características: nomes de faculdades como Anhembi-Morumbi e FMU, conhecidas no mercado, e cursos como o de Medicina, que tem tíquete médio mais alto.