Tesouro Nacional receberá R$325 bilhões vindos do Banco Central

O Tesouro Nacional está sendo pressionado pela redução do prazo da dívida pública e pelo aumento de gastos com a pandemia do novo coronavírus. Sendo assim, o Tesouro vai receber uma ajuda de R$325 milhões do Banco Central (BC).

Tesouro Nacional receberá R$325 bilhões vindos do Banco Central
Tesouro Nacional receberá R$325 bilhões vindos do Banco Central (Foto: Google)

Essa medida foi aprovada a pouco tempo pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O dinheiro vai se tornar lucro cambial do BC no primeiro semestre, que somou R$478,5 bilhões, de acordo com o balanço da instituição que foi aprovado pelo CMN.

O resultado positivo foi por conta da alta de 35,6% do dólar no primeiro semestre. Como o dólar faz a correção das reservas internacionais brasileiras, o lucro cambial do BC dispara em momento que há a desvalorização do real.

O BC não só teve o lucro cambial de R$478,5 bilhões, como teve lucro operacional também de R$ 24,7 bilhões, totalizando ganhos de R$ 503,2 bilhões no primeiro semestre. 

O lucro operacional são os ganhos do banco com operações como fiscalização, política monetária, gestão de títulos públicos em sua carteira e controle de gastos administrativos.

Por meio de nota, o Ministério da Economia disse que essa transferência de R$ 325 bilhões do Banco Central para o Tesouro está nos casos de excepcionalidade, que estão previstos pela nova lei que regulamenta a relação entre os dois órgãos. 

De acordo com a pasta, as restrições de liquidez provocadas pela pandemia do novo coronavírus têm dificultado a administração da dívida pública com o Tesouro Nacional, emitindo títulos com prazos mais baixos e queimando o “colchão da dívida”, que é a sua  reserva financeira para pagar os vencimentos dos papéis, para evitar os juros altos pedidos pelos investidores nos títulos de prazo mais longo.

“Diante disso, tendo em vista as condições atuais de liquidez no mercado de dívida, houve a decisão do CMN para a transferência imediata de R$ 325 bilhões dessas reservas para o pagamento da DPMFi [Dívida Pública Mobiliária Interna]. Caso haja necessidade, o CMN avaliará, ainda neste exercício, a ampliação deste valor”, explicou a nota enviada.

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