A quantidade de trabalhadores que estavam afastados do trabalho em decorrência da pandemia diminuiu de 5,8 milhões para 4,7 milhões no período entre a quarta semana de julho e a primeira semana deste mês. Já as pessoas ocupadas que não estavam afastadas, somaram 74,7 milhões de trabalhadores.
Porém os índices de desemprego e informalidade permaneceram estáveis. Os dados da Pnad Covid divulgados hoje (28) pelo IBGE, apontaram que 12,6 milhões de pessoas estão desocupadas, uma porcentagem de 13,3%. Já na informalidade são 27,9 milhões de trabalhadores.
“Isso significa que essa população afastada, por conta da pandemia ou por outros fatores, está retornando ao trabalho que tinha”, disse Maria Lúcia Vieira a coordenadora da pesquisa.
Existem também 18,3 milhões de pessoas que estão sem ocupação, que gostariam de trabalhar mas que não foram em busca de emprego por conta da pandemia, ou por não encontrarem uma ocupação na local que residem. Estas pessoas equivalem a um quarto do total de brasileiros fora da força de trabalho.
Nos meses seguintes é esperada uma recomposição da ocupação através dos trabalhadores informais. Segundo a Pnad Contínua, cujo os dados fora divulgados pelo IBGE nesta semana, 8,9 milhões de pessoas deixaram de trabalhar entre os meses de abril e junho e deste total, 68% são informais.
Mesmo que ambas tenham a finalidade de avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid não é comparável com os dados da Pnad Contínua, que é considerado o indicador oficial de desemprego no Brasil. A metodologia empregada nas duas pesquisas são diferentes.
Ajuda do governo aos trabalhadores durante a pandemia
Na tentativa de minimizar os efeitos da pandemia do coronavírus na economia, e nos direitos do trabalhador, o governo federal criou uma série de medidas.
Entre elas, empréstimo para MEI, micro e pequenas empresas, que ajudaram tanto no capital de giro como no pagamento das folhas salariais.
Para os funcionários com registro em carteira, o governo estabeleceu o Benefício Emergencial (BEm), que pagou parte do salário reduzido do trabalhador. Para isso, foi usado como parâmetro o quanto aquele cidadão teria direito no seguro desemprego.
Além disso, o grande feito da atual gestão foi o lançamento do auxílio emergencial. Com ele, mais de 60 milhões de brasileiros tiveram acesso a cinco parcelas de R$600 pagas por meio da Caixa Econômica. O objetivo é suprir a falta de renda desse público.
Agora, o governo já afirmou que vai pagar até o fim de 2020 parcelas de R$300 no auxílio emergencial. Segundo fontes da economia, e do próprio presidente Jair Bolsonaro, permanecer com os R$600 seria comprometer o atual orçamento.