Nesta terça-feira (24), o Ministério da Economia informou que as emissões de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somam cerca de R$1,970 bilhões no mês de julho. Enquanto isso, os resgastes totalizaram cerca de R$2,196 bilhões no mesmo período.
Sendo assim, a retirada dos títulos ficou maior do que as emissões em cerca de R$226,7 milhões, o que não acontecia a pelo menos três meses.
De acordo com o Tesouro Nacional, essa venda de títulos públicos pelos investidores no mês de julho, pode ser relacionada a pandemia do novo coronavírus, por conta dos brasileiros precisarem de mais recursos.
O órgão observou que as compras dos papéis não apresentam nenhuma queda, mantendo o mesmo patamar nos últimos meses.
O programa do Tesouro Direto foi criado no mês de janeiro de 2002 e permite que as pessoas físicas comprem títulos por meio da internet.
O Ministério da Economia apontou que no mês passado, o título que mais foi procurado pelos investidores foi o de indexado aos juros básicos da economia, que é o Tesouro Selic, no qual a participação nas vendas chegou a 48,2%.
Os títulos indexados à inflação são correspondentes a cerca de 30,5% do total e os prefixados são cerca de 21,3%.
No mês de julho, o Tesouro Nacional e a bolsa de valores brasileira informaram que as taxas de manutenção para os investimentos da Selic será de até R$10 mil, no qual foi reduzido para 0,25% ao ano a partir deste mês de agosto.
Segundo o Tesouro Nacional, em julho foram cadastrados cerca de 367.699 investidores.
Sendo assim, o número total no final do mês foi de 7.780.590, um aumento de 69,9% nos últimos doze meses.
“O número de investidores ativos chegou a 1.324.915, uma variação de 19,4% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 26.148 novos investidores ativos.”, informou a instituição.
O saldo total, ou seja, em estoque no mês de julho, o mercado alcançou o valor de cerca de R$ 61,979 bilhões. Sendo assim, uma alta de 0,3% em relação ao mês anterior no qual o valor era de R$ 61,770 bilhões.