Número de contratações volta a crescer consideravelmente em todo o território nacional. Na última semana, o governo federal informou que o Brasil registrou 131.010 vagas de emprego com carteira assinada somente durante o mês de julho. Os dados foram liberados através do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ministrado pelo Ministério da Economia.
Entretanto, apesar de parecer positivo, o resultado ainda é inferior em comparação ao ano passado.
Com a pandemia do novo coronavírus, a economia nacional viveu um período forte de crise e instabilidade, resultando em demissões de mais de 912.640 trabalhadores (por mês).
De março até o mês de maio, considerada a fase mais intensa da pandemia, foram perdidos cerca de 1.092.578 empregos, enquanto em 2019, no mesmo período, foi registrada a abertura de 461.411 vagas.
De acordo com o balanço feito pelo ministério da economia, ao todo, avaliou-se uma regressão por quatro meses consecutivos. Entretanto, espera-se um cenário mais positivo daqui pra frente, tendo em vista a flexibilização das medidas de isolamento e a retomada dos setores.
“Temos uma notícia extraordinária: criamos liquidamente 130 mil empregos neste mês. Isso não acontecia desde abril. Começamos o ano bem, fomos atingidos pela pandemia em março, perdemos empregos até junho, mas tivemos saldo positivo em julho”, comemorou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma coletiva de imprensa.
Setores com mais criação de empregos
Até agora, o setor que mais apresentou contratações foi o de Indústria de Transformação, liderando com um saldo positivo de 53.590 empregos com carteira assinada em julho.
Na sequência, o mercado de construção teve novos 41.986 contratos. O comércio ficou com outras 28.383 novas vagas. A Agropecuária (23.027) e os Serviços foi o único segmento com saldo negativo, tendo menos de 15.948.
Regiões e estados
No que diz respeito a avaliação por território, as cinco regiões brasileiras apresentaram números positivos em julho. No Sudeste, foram criados novos 34.157 (aumento de 0,18%) postos de trabalho.
No Norte a evolução foi de 0,76%, sendo 13.297 novas vagas de emprego com carteira assinada. E no Nordeste o saldo foi de 22.664 postos (+0,37%); o Sul, de 20.128 (+0,29%); e o Centro-Oeste, de 14.084 (+0,44%).
A avaliação por cidade mostrou que, apenas o Rio de Janeiro, Sergipe e Amapá tiveram uma avaliação negativa. As contratações desses municípios foram de -6.658 vagas (-0,22%), -804 (-0,30%), e -142 (-0,21%), respectivamente.