O atual presidente da República, Jair Bolsonaro, está com avaliação positiva de sua gestão. As informações são da pesquisa do DataFolha, realizada de forma exclusiva para Ideia Big Data.
A pesquisa aponta que 37% dos entrevistados aprovaram a maneira que o presidente está lidando com o seu trabalho.
Em fevereiro o presidente tinha 45% do índice de aprovação, e essa é a primeira vez que sua avaliação chega em um patamar elevado. Desde o mês de agosto do ano passado, a expectativa positiva não saia da casa dos 30%.
De acordo com o fundador do Ideia Big Data, Maurício Moura, esse cenário se desenhou principalmente por conta do pagamento do auxílio emergencial que paga R$600 ou R$1.200 para as mães chefes de família.
O valor tem o intuito de amenizar os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Os número apontam que o presidente está ganhando a simpatia das classes D e E, em que 37,4% aprovam o trabalho do presidente, ante 39,3% que desaprovam e 21% que nem aprovam nem desaprovam.
Neste mesmo período no ano passado, a população que ganha até dois salários mínimos e avaliava positivamente Bolsonaro não passava de 22%, ante 35% que o rejeitavam e 40% que o consideravam regular.
“Com a ajuda financeira na crise quase três vezes mais do que se ganhava com o Bolsa Família, Bolsonaro conseguiu recuperar a popularidade perdida com a saída de Sergio Moro do governo em abril”, diz Maurício Moura.
No período em que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, deixou o governo e fez acusações ao presidente sobre tentativas de interferências políticas na Policia Federal, a aprovação do governo chegou ao seu menor patamar, com 26%.
Apesar disso, um fator influencia nesse cenário, uma pesquisa do Ideia Big Data de maio descobriu que, nas regiões Norte e Nordeste, oito entre cada dez brasileiros acreditam que o auxílio emergencial de R$ 600 é para sempre.
“Bolsonaro e sua equipe sabem que esse reflexo positivo tem relação direta com a ajuda financeira para a população. Mas o governo não tem dinheiro para manter esse auxílio para sempre”, avalia Moura.
Essa pesquisa foi realizada por telefone, entre os dias 10 e 13 de agosto, com 1.200 pessoas.
A amostra foi equilibrada para garantir representatividade de faixa etária, gênero, escolaridade, classe social e regiões do país. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos.