Trabalhador poderá escolher em qual conta deseja receber o seguro desemprego

Através da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, o governo comunicou que os trabalhadores poderão a partir desta sexta-feira, 24, escolher a conta bancária que preferirem para receber o seguro desemprego. A decisão engloba as modalidades de trabalho formal, bolsa de qualificação profissional, empregado doméstico e trabalhador resgatado, segundo o governo.

Trabalhador poderá escolher em qual conta deseja receber o seguro desemprego
Trabalhador poderá escolher em qual conta deseja receber o seguro desemprego (Imagem: Google)

Para escolher a conta bancária, será preciso que o trabalhador informe no momento do pedido do seguro-desemprego informações como tipo de conta, nome do banco, número da agência e o número da conta que precisa estar seu nome.

As contas-salário não podem ser utilizadas nesta medida, pois este tipo de conta só permite depósitos e transferências de empregadores devidamente cadastrados.

Para fazer o pedido o trabalhador pode entrar no aplicativo Carteira de Trabalho Digital, no site de serviços do governo, ou comparecer em uma das unidades de atendimento ao trabalhador.

Até o momento, o seguro desemprego era pago exclusivamente através de um depósito em conta poupança ou conta simplificada para correntistas da Caixa Econômica.

Além desta forma, era possível receber também através do Cartão Cidadão, com saque nos caixas eletrônicos da Caixa, ou de forma presencial, nas agências do banco.

Pedidos do seguro desemprego aumentam 13,4% em 2020

Segundo dados divulgados ontem (22), pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, o número de solicitações de seguro desemprego até o último dia 15 de julho, aumentou 13,4% quando comparado ao mesmo período de 2019.

Em números, o governo informou que foram 4,239 milhões de pedidos de seguro-desemprego este ano, o que representa, 502,1 mil solicitações a mais do que no ano passado no mesmo período.

Ainda que o número acumulado do ano tenha aumentado, o total de solicitações caiu 1,9% na comparação entre a primeira quinzena de julho de 2020 e a primeira quinzena de julho de 2019 (5.702 pedidos a menos).

Fundo do poço da economia

A diminuição no número de pedidos do seguro em julho, acontece ao mesmo tempo em que o governo afirma que a economia tem mostrado sinais de recuperação.

Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o “fundo do poço” da economia do Brasil foi registrada entre abril e início de março e que os recentes indicadores apontam a recuperação.

Campos Neto voltou a afirmar que avaliação da estimativa do Banco Central para o PIB neste ano, com queda de 6,4%, é pessimista. Ele acredita que esta porcentagem será bem mais favorável.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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