Renda Brasil deve custar R$ 20 bilhões a mais que o Bolsa Família

O programa que deve substituir o atual Bolsa Família, chamado de Renda Brasil, deverá custar ao menos R$20 bilhões a mais que o atual, no qual são gastos cerca de R$32 bilhões anuais.

Renda Brasil deve custar R$ 20 bilhões a mais que o Bolsa Família
Renda Brasil deve custar R$ 20 bilhões a mais que o Bolsa Família (Foto:FDR)

Em entrevista ao Jornal O Globo, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida afirmou que este é um cenário base que foi traçado nos debates que a equipe econômica tem promovido com especialistas na área social.

O secretário afirmou ainda que as variações com relação ao modelo dependem de quantos e quais beneficiários não farão mais parte do programa para abrir espaço ao novo, que deve ser criado sem elevar as despesas do governo. 

Sachsida não informou quais são os benefícios que estão na mira para serem excluídos. Mas, os técnicos já criticaram o gasto em ações como o abono salarial, em outras ocasiões, já que esse benefício consome cerca de R$20 bilhões ao ano dos cofres públicos.

Hoje, o Bolsa Família que é o principal programa de assistência as famílias brasileiras atende a 41 milhões de pessoas, que recebem, em média, R$ 190, a um custo de pouco mais de R$ 30 bilhões aos cofres públicos.

O Renda Brasil vai mudar o conceito do programa, aumentando o número de beneficiários e diversificando o perfil dos inscritos. 

O valor mensalmente pago aos beneficiário deve ficar em torno de R$ 250, abrangendo  cerca de 57,3 milhões de pessoas que receberam, em média, R$ 232 no Bolsa Família

Apesar disso, alguns especialistas acreditam que o valor pago deve ser de no mínimo R$300.

O programa terá um auxílio creche para as famílias, o valor pago seria composto por dois tipos de benefícios principais. O primeiro de R$ 100 de superação da pobreza e outro também de R$ 100, pago por criança de 0 a 15 anos.

Poderão receber o valor completo do benefício as famílias com renda de até R$ 250 por pessoa. Essa faixa, será flexível, para até famílias com renda de até R$ 450, mas com desconto.

O projeto ainda deve ser enviado para aprovação no Congresso, e o secretário não quis revelar quando o encaminhamento deve acontecer.