Estatais públicas deverão ser privatizadas mediante decisão do governo federal. Na última semana, o ministro da economia, Paulo Guedes, informou que sua gestão deverá realizar até quatro grandes privatizações nos próximos três meses. Os nomes das empresas não foram revelados, mas fontes afirmam que os Correios devem estar entre eles. Seu pronunciamento foi feito em uma entrevista exclusiva à CNN.
Durante sua fala, Guedes explicou como funcionará o processo de privatização. Esse assunto está sendo pautado desde o último ano, mas foi paralisado mediante a pandemia do novo coronavírus. Questionado sobre os riscos da proximidade de Bolsonaro com o Centrão, o ministro garantiu de que não há problemas legais.
— Houve justamente esse questionamento: “Bom, agora que o presidente buscou o centro democrático, ou o Centrão, isso agora vai exigir o aparelhamento das estatais?”. Não. Nós vamos fazer quatro grandes privatizações nos próximos 30, 60, 90 dias — afirmou.
Divulgação das empresas
No que diz respeito ao nome das companhias que serão vendidas, Guedes não quis informar tais dados. Apenas alegou que seu ministério está selecionando aquelas com maior fonte de recursos.
— Tem um arbusto que é uma empresa estatal, cheia de ativos valiosos. Subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Esse ano é um excelente ano para fazer um IPO grande: R$ 20, R$ 30, R$ 40, R$ 50 bilhões. Bem maior até que uma Eletrobras, por exemplo — disse.
Petrobras em risco?
O nome da Petrobras está cotado na lista de privatização. Mediante a possibilidade, na última semana os advogados do Congresso solicitaram uma liminar via o Supremo Tribunal Federal (STF), impedindo a venda das refinarias.
No texto, os gestores afirmaram que se tratava de uma ‘privatização branca’, colocando em risco o desenvolvimento econômico do país.
Ainda em 2019, o STF já tinha permitido que fosse autorizada a privatização sem a aprovação do Legislativo. No entanto, o texto ainda precisou passar pela aceitação dos parlamentares e até o momento não foi verificado.
Desse modo, até o momento, apenas os Correios foi confirmado, pelo próprio Guedes, que não repassou a data da venda.
— Seguramente (Correios serão privatizados). Não vou falar quando, mas seguramente — pontuou o ministro.