PONTOS CHAVES
- Auxilio emergencial será pago por mais dois meses
- O valor de 1.200 será dividido em quatro parcelas
- Calendário de pagamentos será divulgado em breve
Depois de muita espera, foi confirmado ontem, 30, pelo Ministro Paulo Guedes a extensão do auxílio emergencial do governo, que é voltado para os trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família. A proposta é que sejam pagas mais quatro parcelas em dois meses, que juntas terão o total de R$600 por mês totalizando R$1.200.
Segundo Guedes, o pagamento da extensão será feita da seguinte forma:
- R$ 500 no início de agosto;
R$ 100 no fim de agosto - R$ 300 no início de setembro;
R$ 300 no fim de setembro.
O presidente Jair Bolsonaro fez o anúncio das novas parcelas em uma cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença dos ministros do governo, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de parlamentares e convidados.
Durante o evento, Bolsonaro assinou um decreto sobre a prorrogação do auxílio emergencial.
No final do evento, Pedro Guimarães, o presidente da Caixa Econômica disse que o calendário de pagamentos será divulgado nas próximas semanas. Ele diz que as datas já estão definidas e falta somente a autorização de Paulo Guedes para que o anúncio seja feito.
Auxilio emergencial
O auxílio emergencial foi concebido em abril, através de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada por Bolsonaro. Ele veio para auxiliar os trabalhadores informais em meio a crise causada pela pandemia do coronavírus.
Foi determinado que o auxílio realizasse pagamentos por três meses, mas a lei deu a possibilidade de prorrogação do benefício.
O texto enviado pelo governo ao Congresso previa que o auxílio fosse de R$ 200, mas após resistência dos parlamentares, o texto aprovado pelo Congresso alterou o valor da parcela para R$ 600.
Extensão do auxilio
Na última semana, o presidente fez uma transmissão ao vivo em que disse que proposta do governo era pagar mais três parcelas do auxílio com valores decrescentes (R$ 500, R$ 400 e R$ 300). Mas, no Congresso, os parlamentares vinham defendendo que o valor de R$ 600 deveria ser mantido por mais duas parcelas.
Ontem, 30, o governo decidiu acatar a proposta do Congresso e pagar mais duas parcelas de R$ 600 cada.
De acordo com o Ministério da Economia, cada parcela do auxílio tem o custo de cerca de R$50 bilhões. Paulo Guedes disse que a ajuda já beneficiou 60 milhões de pessoas.
Discursos
Em seu discurso na cerimônia, Guedes explicou que o pagamento parcelado das parcelas foi pensado para fazer uma “aterrissagem inteligente” do auxilio, e que na sequência vira o Renda Brasil que vai reunir vários programas sociais
“O Bolsa Família foi a junção de dois ou três programas. Vamos fazer o mesmo. Juntar dois ou três programas e criar o Renda Brasil, Renda Cidadania. Acima desse nível que está aí”, explicou.
No momerto que assinou o decreto, Bolsonaro reconheceu que o valor de R$600 é pouco mas que pode ser muito pra quem não tem nada.
“Esse trabalho, esta maneira de buscar recursos no momento que a pátria necessitava é que faz com que nós nos orgulhemos de poder ajudar e despender meios para atender a estes necessitados”, disse.
Bolsonaro acredita que após o fim do auxílio emergencial, a economia já esteja dando indícios de reação e que o Brasil estará voltando a normalidade.
“Obviamente sempre tomando cuidado com o bem maior de todos, que é a nossa vida”, finalizou.
Governa libera adicional para o auxílio emergencial
Foi liberado pelo governo federal um adicional de R$101,6 bilhões para arcar com o pagamento das duas parcelas extras do auxilio emergencial.
Os valores transferidos para o Ministério da Cidadania, responsável pelo auxílio, já constam no Diário Oficial da União (DOU).
Como solicitar?
O aplicativo Auxilio Emergencial é destinado para as pessoas que se enquadram nos requisitos para que possam pedir o auxílio emergencial.
Para solicitar, o requerente precisa inserir os dados pessoais que serão pedidos no site da Caixa ou aplicativo. Estas informações seguem para o Dataprev, empresa responsável pela verificação dos dados.
Ao chegar no Dataprev os dados serão analisados para confirmar se aquele trabalhador tem direito ao auxílio ou não. O requerente precisa aguardar a resposta que será dada no próprio aplicativo .
Após a realização do cadastro, o cidadão pode verificar se o auxílio foi ou não concedido clicando na opção “acompanhe sua solicitação”.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa informou que os trabalhadores que tiverem o auxílio negado podem fazer o cadastro novamente.