O benefício do auxílio emergencial, liberado durante a pandemia do novo coronavírus, tem sido alvo de investigação. Uma vez que, seu recebimento está chegando de forma indevida para milhares de brasileiros.
Os dados são de levantamento divulgado pelo Fantástico, da TV Globo. Segundo os números, 620 mil pessoas receberam indevidamente o benefício de R$ 600 liberado pelo governo federal, inclusive pessoas que já estão mortas.
O levantamento foi feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que ainda destaca que caso esses pagamentos indevidos não sejam finalizados, o repasse poderá gerar um prejuízo aos cofres públicos de mais de 1 bilhão de reais.
Ainda de acordo com o relatório, foram pagos R$ 35,8 bilhões para 50.228.253 milhões de beneficiários. Segundo a procuradora da República, Zélia Luiza Pierdona, em entrevista ao G1, muito desses recebimentos foram feitos sem ao menos o dono do CPF ter solicitado.
Além disto, 235.572 empresários, aqueles que não são microempreendedores individuais, receberam o benefício irregularmente. Ainda foram pagos 15.850 auxílios a brasileiros que excederam a regra de renda.
Para o governo, o interessado em sacar o auxílio emergencial deverá ter até R$ 522,50 de renda per capita, ou renda mensal familiar ate R$ 3.135. No caso dos recebimentos deste público que tem ganho maior, é mediante a omissão de informações no cadastro.
TCU ainda destacou que 17.084 mortos sacaram o dinheiro. Além deste ponto, anteriormente, o Fantástico já havia divulgado que 7.046 presos receberam a quantia de R$ 600 do governo federal, sendo que os mesmos não tem direito.
Aos que não se enquadram nos critérios de recebimento, o governo federal destaca que será necessário devolver a quantia, igual está sendo solicitado para os militares que receberam de forma indevida.
Foi criada uma plataforma digital que garante esse repasse de volta aos cofres públicos. Ministério da Cidadania destacou que 47,7 mil pessoas que receberam o benefício indevidamente já devolveram. O montante equivale a R$ 39,6 milhões sendo devolvidos aos cofres públicos.
O pagamento da segunda parcela também está sendo suspenso para aqueles que o governo identifica como irregulares. Ministério divulgou que 600 mil benefícios já tiveram a suspensão, inclusive beneficiários do Bolsa Família.