Renda Brasil deve incluir beneficiários no mercado de trabalho, como uma espécie de programa de estágio. Nas últimas semanas, o ministro da economia, Paulo Guedes, vem concedendo uma série de entrevistas para apresentar o programa de substituição do Bolsa Família. Entre as principais características do projeto social, o gestor afirmou que todos os cadastrados deixaram de receber apenas auxílios do governo e passarão a contar com experiências profissionais.
Segundo Guedes, o principal propósito do Renda Brasil é fazer com que a população em situação de vulnerabilidade social consiga se desenvolver profissionalmente. Ele afirma que, atualmente, muitos beneficiários do Bolsa Família têm medo iniciar um emprego tendo em vista a instabilidade de uma possível demissão.
Desse modo, para poder garantir a renda desse grupo, quem for cadastrado no Renda Brasil terá direito não só ao valor do auxílio, como também poderá apresentar vínculos trabalhistas. No entanto, é preciso ficar atento, pois sua contratação acontecerá em um regime especial.
Geração de empregos
Para poder incentivar a entrada dos brasileiros de baixa renda no mercado, o governo fornecerá uma série de facilitações para os empresários, de modo que a mão de obra fique mais barata. Em entrevista, Guedes explicou que basicamente os contratos serão feitos como um tipo de estágio.
Inicialmente, o cidadão entrará na empresa em um regime de aprendiz, com salários baixos e carga horária reduzida. A ideia é que com o tempo ele possa se desenvolver, obter experiências e assim chegar à assinatura de sua carteira como uma espécie de treinee.
Nesse tempo, o ministro reforça que o beneficiário contará com o auxílio financeiro do governo, além do salário ofertado pela empresa. No que diz respeito aos valores, Guedes ainda não se pronunciou, mas reforçou que sua equipe está estruturando mediante as regras de funcionamento do projeto.
Prazo para início do Renda Brasil
A versão final do texto que valida o Renda Brasil ainda não está pronta. Segundo fontes oficiais do governo, o documento deverá ser finalizado ainda no mês de julho, mediante o fim do cronograma do auxílio emergencial.
Ainda precisam ser definidas as faixas de renda que poderão participar do projeto, regras de inserção na política pública e formas de administração e realização dos pagamentos.
Outro ponto a ser considerado é quanto custará o Renda Brasil para os cofres da União e definir quais os demais programas sociais serão suspensos para que seja criada a ‘cota única’ citada pelo ministro.