Bolsonaro cita motivo que pode travar a prorrogação do auxílio emergencial

A extensão do auxilio emergencial em duas parcelas extras, que foi anunciado nas últimas semanas, pode estar comprometido. Isto porque o presidente Jair Bolsonaro alegou em uma transmissão em suas redes sociais que o governo está endividado, o que dificulta o pagamento das parcelas adicionais de R$600. As três parcelas já definidas estão garantidas.

Bolsonaro cita motivo que pode travar a prorrogação do auxílio emergencial
Bolsonaro cita motivo que pode travar a prorrogação do auxílio emergencial (Foto Google)

O presidente mencionou a queda da taxa anual de juros Selic para 2,25% como um progresso, mas pediu “colaboração” para que o programa de ajuda seja mantido durante a pandemia.

“Nós precisamos da colaboração de todo mundo para que essa terceira parcela se pague, não vai ter problema, está garantida. Pretendemos ter a quarta e quinta parcela também. Alguns acham que precisa ser de R$ 600, tudo bem, mas o nosso endividamento está enorme”, explicou Bolsonaro.

O presidente afirmou que os gastos com apenas um mês do auxilio emergencial é superior ao gasto com o Bolsa Família em um ano inteiro.

“Nós aqui, a cada pagamento emergencial de R$ 600 ou R$ 1,2 mil, equivale, o Brasil gasta, você gasta, você que paga imposto, não sou eu, somos nós todos… aproximadamente R$ 50 bilhões por mês. A cada pagamento são R$ 50 bilhões que nós gastamos. Vale lembrar que um ano de Bolsa Família está na casa dos R$ 35 bilhões. As 13 prestações do Bolsa Família são menores que um mês do auxílio emergencial”, falou o presidente.

O que se sabe sobre a extensão do auxílio emergencial

O governo já decidiu e vai propor ao Congresso um valor adicional de R$600 para as pessoas que já possuem acesso ao auxilio. O presidente Jair Bolsonaro quer que o valor seja dividido em duas parcelas de R$300.

Durante a discussão com a equipe econômica para definir as parcelas extras, a ideia seria pagar mais três parcelas de R$200. Fontes próximas a Bolsonaro afirmaram que ele considerou o valor baixo e levantou a possibilidade do pagamento de duas parcelas de R$300.

Agora a proposta do governo precisa passar pelo Congresso Nacional onde pode enfrentar certa rejeição. A primeira proposta do auxilio chegou no Congresso com o valor de R$200, e somente após um acordo com o governo, teve seu valor definido em R$600. Os pagamentos do auxilio representam R$15 bilhões as contas públicas.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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