Selic a 2,25% faz a poupança render quanto?

Como já era esperado, na noite desta quarta-feira, 17, o Comitê de Política Monetária (Copom), reduziu a taxa de juros de 3% para 2,25%. Com esse novo corte na taxa básica de juros Selic, a caderneta de poupança vai render ainda menos.

Selic a 2,25% faz a poupança render quanto?
Selic a 2,25% faz a poupança render quanto? (Foto: Google)

Esta redução vai fazer com que os ganhos da poupança diminuam de 2,10% ao ano atualmente (0,17% ao mês) para 1,58% ao ano (0,13% ao mês), de acordo com o cálculo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

De acordo com a regra vigente desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5% a correção anual da caderneta de poupança fica restrita a um percentual correspondente a 70% dos juros básicos acrescidos da Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017).

Já os depósitos realizados até abril de 2012, conhecida como “velha poupança” continuam rendendo 6,17% ao ano (0,50% ao mês).

Mesmo com um rendimento menor, a rentabilidade da caderneta de poupança permanece batendo a de aplicações, como por exemplo, os fundos de renda fixa quando se leva em conta as taxas de administração e o valor líquido, descontando o Imposto de Renda.

Ingresso líquido de recursos na poupança bate recorde

No mês de maio, os depósitos de recursos na caderneta de poupança foram maiores que os saques em R$ 37,201 bilhões. De acordo com o Banco Central, este foi o maior ingresso líquido de recursos desde 1995, início da série histórica do Banco Central, ou seja, em 26 anos.

Esse foi o terceiro mês de ingresso líquido de recursos na poupança este ano. Em janeiro, R$ 12,356 bilhões foram sacados das cadernetas. Já em fevereiro, outros R$ 3,571 bilhões saíram dessa modalidade de investimento. Por fim, em março os depósitos foram maiores que os saques em R$ 12,168 bilhões.

Este recorde de entrada de recursos na poupança acontece em um momento de queda da renda e dúvidas sobre a retomada da economia em meio a pandemia do coronavírus, e representa também o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, já que uma parcela considerável dos valores tem sido depositados em contas poupança.

Mesmo que todos busquem uma maior rentabilidade, os analistas reafirmam que a regra primordial dos investimentos continua sendo planejamento, acompanhamento dos mercados, diversificação e formação de uma reserva de emergência.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.