Governo Federal cria novas propostas que poderão pôr fim ao Bolsa Família. Nessa segunda-feira (8), o ministro da economia, Paulo Guedes, falou sobre os valores pagos para a população cadastrada no auxílio emergencial. De acordo com ele, foram identificadas novas classes sociais que precisam de ajudar do poder público para de manter pós o período de crise e por isso sua equipe está formulando readaptações nos projetos sociais para incluir esse grupo.
Em entrevista, Guedes mencionou que os 14,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família são apenas uma parcela significativa da população em situação de vulnerabilidade social.
Desse modo, a ideia é que para agregar ainda mais pessoas, sejam reformuladas as regras de liberação de recursos do projeto, que ainda não foram anunciadas.
De acordo com o ministro, o Renda Brasil,programa que substituiria o Bolsa Família, incluiriam pessoas com faixa de renda intermediária e permitiriam que essas tivessem uma maior facilidade para entrar no mercado de trabalho.
O gestor afirmou que, mais do que liberar pagamentos mensais, a proposta deseja fornecer capacidade para que a população carente consiga sua independência financeira.
Ainda não há datas nem previsão de quando o projeto será lançado, mas conforme Guedes o seu texto já está sendo feito. Ao lado dele, o presidente Jair Bolsonaro já tinha se manifestado sobre a proposta, concordando com o desenvolvimento da mesma.
O chefe de estado defendeu que a realização de pagamentos sem capacitação e mão de obra faz com que o país se mantenha nos altos índices de pobreza.
Bolsa Família como estratégia de campanha eleitoral
Muitos especialistas afirmam que, as propostas de reformulação do Bolsa Família fazem parte de uma estratégia eleitoral de Bolsonaro para se aproximar da população mais carente.
Na eleição de 2018, quando foi aprovado para a presidência, o gestor apresentou um alto índice de negação nas regiões onde a pobreza se destaca.
O Nordeste, por exemplo, foi onde ele obteve o menor número de votos. Pernambuco foi o estado onde seu concorrente, Haddad (PT) ganhou por maioria. É válido ressaltar que o Bolsa Família foi validado no governo Lula (PT) e por isso ainda obtém a grande maioria dos votos de esquerda.