BB descarta possibilidade de responder alta demanda de créditos na pandemia

Rubem Noves, presidente do Banco do Brasil (BB), disse em reunião que é impossível suprir o enorme aumento da demanda das empresas por crédito em meio a pandemia do coronavírus. A declaração foi feita em reunião da comissão mista do Congresso que discute as ações que serão tomadas para combater a crise.

BB descarta possibilidade de responder alta demanda de créditos na pandemia
BB descarta possibilidade de responder alta demanda de créditos na pandemia (Foto: Google)

Ele também afirmou que não existe programa governamental que possa dar conta de toda demanda, que ele considerou uma “demanda dos desesperados”.

“O momento da demanda é incrível. E não é uma demanda saudável. É uma demanda dos desesperados. Não é a demanda para produzir uma demanda para vender, para investir, é a demanda dos desesperados. A gente procura atenuar”, disse Rubem.

Rubem afirma que o governo tenta “amenizar” a situação, porém, as ações possuem um limite, já que as contas públicas a nível estadual, municipal e federal estão comprometidas devido ao atual momento, e que não adianta achar que essa insuficiência vai ser atendida. Ele diz que isso só será possível quando a economia voltar a funcionar.

“Enquanto a economia não puder voltar a funcionar e os empresários tiverem condições de lutar pela sua sobrevivência, por meios próprios, nós vamos ter essa sensação de insuficiência de socorro”, disse.

Novaes diz ainda que o Banco do Brasil atua dentro do limite e que é necessário avaliar o volume de riscos e o capital que a instituição pode comprometer.

Socorro as microempresas

Na reunião, Rubem ao ser perguntado a respeito da ajuda as microempresas em meio a crise trazida pelo coronavírus, ele reconheceu a dificuldade do BB em atingir este segmento e admitiu que o pequeno de forma geral não compensa para o sistema bancário devido ao custos.

Privatização do BB

O presidente do BB é a favor da privatização do banco do Brasil e diz que o sistema bancário vai mudar a partir de 2021. Segundo ele, as amarras do setor público vão causar a perda da competitividade do banco perante as outras instituições financeiras.

Rubem ressaltou, que mesmo considerando o banco eficiente, a instituição “concorre com os outros bancos com bolas de chumbo amarradas ao pés”. Atualmente o Banco do Brasil possui 50% de suas ações privadas.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.