Caixa TEM: restrição nas transferências incomodam especialistas e clientes

Entre as medidas divulgadas pela Caixa Econômica Federal para o repasse da segunda parcela do auxílio emergencial, incluía a não realização transferências e saques do valor recebido no app Caixa TEM.

Caixa TEM: restrição nas transferências incomodam especialistas e clientes (Reprodução/Internet)
Caixa TEM: restrição nas transferências incomodam especialistas e clientes (Reprodução/Internet)

A ação causou uma certa estranheza e motivo de preocupação por diversos clientes e também especialistas. De acordo com a Caixa, a medida visava impedir uma grande aglomeração nas agências durante o recebimento dos valores.

A priori o beneficiário só poderia utilizar o dinheiro quando recebido para realizar ações virtuais como pagamento de contas e utilização do cartão de débito virtual no Caixa Tem, aplicativo que gerencia os valores na poupança digital.

Desta forma, os saques e transferências só podem acontecer quando o segundo calendário é liberado. A espera pode levar de 10 até 18 dias para poder realizar os procedimentos, observando o cronograma. Esta determinação foi criticada por muitos clientes e economistas em entrevista ao portal UOL.

Segundo especialista em economia, a medida é ruim porque muitas famílias estão sem renda e não há facilidade para comprar itens básicos, como alimentos, por meio do Caixa Tem. A facilidade, segundo sua avaliação, seria importante integrar o repasse com outras mãos.

A operação se tornaria mais fácil caso as fintechs pudessem atuar, pois o mesmo especialista ainda pontua que a Caixa tem uma estrutura burocrática que faz com que as ações sejam feitas de acordo com “boa vontade do burocrata que te atende”.

Por outro lado, economista defende que esta medida pode auxiliar no combate às fraudes uma vez que pessoas que não deveriam ter acesso ao dinheiro se inscrevem e tentam sacar ou transferir o dinheiro.

Mesmo com esta restrição, as fintches criaram e intensificaram as soluções para tentar aumentar o número de clientes oferecendo benefícios. O reflexo é que mais de 50 bancos receberam as transferência de valores.

Na primeira parcela, mais de 3 milhões de beneficiários, até o dia 4 de maio, tinham detalhado um banco para recebimento. O Banco do Brasil é o primeiro. O PagBank, do grupo UOL, está em oitavo lugar, entre os que mais tiveram depósitos.

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