Depois de duas semanas em alta, dólar sofre redução e fecha no valor de R$ 5,70. Nessa quarta-feira (20), o mercado financeiro registrou a primeira baixa da moeda americana em semanas. Pela primeira vez desde o dia 5 de maio, houve uma redução de 1,20%. Somente nos últimos 30 dias, o mercado tinha registrado uma elevação de 4,56% e para o ano a taxa está em 41,84%. De acordo com os especialistas, o clima de instabilidade deverá se manter e ainda não há uma previsão sobre o equilíbrio econômico.
O principal motivo para essa retomada não está associado a um otimismo quanto o controle do novo coronavírus, mas sim a valorização do petróleo que lentamente vem retomando seu ritmo. Nesta quinta-feira (21), o dólar operava em R$5,60.
Mediante a esse cenário, a Ibovespa voltou a bater os 82 mil pontos, fechando o pregão em alta. Ontem, foi registrado um ganho de 0,71%.
Crise do petróleo
Depois de um período de confronto e instabilidade, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a China fecharam um acordo que irá estabilizar o mercado mundial. Por ser a maior consumidora global da commodity, a China possui forte influência sobre o preço e demanda de revenda do combustível.
O acordo firmado entre ambas poderá proporcionar uma retomada equilibrada entre a oferta e demanda, fazendo com que o setor normalize e volte a redistribuir o produto nas demais potências com um preço compatível com a valorização do mercado.
Tais fatos animam os investidores e aumentam a esperança de estabilização dos preços em um patamar mais alto. A expectativa para o mês de julho é que o petróleo WTI feche com uma alta de 4,79%, a US$ 33,49 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês avançou 3,17%, a US$ 35,75.
A partir do crescimento nos números do petróleo as bolsas internacionais vêm reagindo e demonstrando uma nova fase no setor. Na Europa e nos Estados Unidos os números fecharam em alta, tendo o Dow Jones (+1,52%), o S&P 500 (+1,67%) e o Nasdaq (+2,08%).
Já no mercado nacional, as ações da Petrobrás também foram beneficiadas, apresentando um avanço de 3,32% nos papéis PN da estatal (PETR4) e de 3,01% nos ONs (PETR3).