Estou devendo! Empresa pode deixar meu nome sujo mesmo na pandemia?

Credores devem ficar atentos durante o período da pandemia. Em meio a uma das maiores crises econômicas da década, muitos estão preocupados em ficar com o nome sujo no mercado. Os birôs de crédito que analisam se as pessoas são ou não maus pagadores, estão cada vez mais solicitados e por isso há uma necessidade maior em manter as contas em dia. Mesmo com o atual cenário, as marcas continuam avaliando e registrando as dívidas, tendo em vista que o governo não regulamentou o decreto que determinava a suspensão dos cadastros negativados. 

Estou devendo! Empresa pode deixar meu nome sujo mesmo na pandemia?
Estou devendo! Empresa pode deixar meu nome sujo mesmo na pandemia? (Imagem: Reprodução/Google)

No último dia 12, tal situação virou pauta no Senado. Os parlamentares se reunirão para validar uma MP que proibia a inscrição dos devedores nos cadastros negativos. No entanto, o projeto ainda não foi finalizado e está sujeito a modificações realizadas pelos deputados. 

Entre os pontos sugeridos, a proposta determina que os inadimplentes registrados depois do dia 20 de março (data em que o país decretou situação de calamidade pública) tenham as cobranças suspensas temporariamente. De acordo com os relatores, a ação poderá minimizar os impactos da crise no mercado financeiro, possibilitando acesso aos serviços de crédito. 

Elias Sfeir, presidente da ANBC (Associação Nacional dos Birôs de Crédito), explica que a proposta deve ser vista com cautela, mas que não deve interromper o recebimento dos nomes daqueles que estão em atraso.

Ele defende que caso a suspensão ocorra, poderá afetar a qualidade das informações do setor e gerar um colapso nos birôs, que consequentemente afetaria a economia. 

Prolongação dos prazos de renegociação na pandemia 

Para Sfeir, uma opção viável é a ampliação dos prazos antes de negativar os credores. Ele afirma que a associação dos birôs já modificou os prazos de publicação no score de 10 para 45 dias. A medida, até o momento, tem validade até 17 de julho, mas está sujeita a prorrogação a depender da decisão do poder público.

“Como resultado disso, devedores e credores terão um prazo alongado para realizar a renegociação, mas colocar uma grande quantidade de recursos sem informação de nada adianta. Como dar crédito a alguém se não o conheço”, defendeu.

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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