Como forma de ajudar as pessoas que por algum motivo não estão conseguindo se cadastrar para receber o auxílio emergencial, o governo quer fechar uma parceria com os Correios para que este público possa receber ajuda em suas agências durante a pandemia do coronavírus.
Novamente o ministro Onyx Lorenzoni foi questionado a respeito das enormes filas que tem se formado nas agências da Caixa, responsável pelo pagamento do auxílio para os desempregados e trabalhadores informais.
Ele alegou que a demora no atendimento já está sendo resolvido e que as filas estão diminuindo. E afirmou que somente em locais pontuais elas ainda acontecem.
Nesse sentido é que deve entrar a parceria com os Correios, para fornecer ajuda no processo de registro das pessoas que não conseguiram se cadastrar, e na verificação de dados. Isto acabaria acelerando o atendimento e a liberação do dinheiro do auxílio.
Como esta proposta precisa e uma decisão colegiada, uma reunião será realizada hoje (8) para definir todos os últimos detalhes. Segundo o que o ministro, semana que vem já será possível a ida das pessoas ao Correios.
“O que vai acontecer na próxima semana é que as pessoas que precisam de auxílio para fazer ou refazer seu cadastramento e tiverem alguma dificuldade vão ter um novo canal. Lá não é o lugar para receber o dinheiro”, disse Lorenzoni.
No balanço apresentado pelo governo na última semana, consta que foram 97 milhões de cadastros para o auxílio. Deste número, 50 milhões foram considerados aptos para receber o dinheiro.
Já 33 milhões de pessoas foram descartadas por não se adequarem as regras. Por fim, são 13,7 milhões de cadastros que apresentaram dados inconclusivos e precisam ser corrigidos.
A Caixa também informou que o montante disponibilizado para o pagamento do auxílio foi de R$35 bilhões para estas 50 milhões de pessoas. Porém, devido a crise econômica causada justamente pela pandemia, nem todos receberam ainda.
Uma prorrogação do pagamento do auxílio por mais três meses ainda é avaliado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro.
No fim do mês passado, Bolsonaro declarou que não pretende ampliar para outras categorias o auxílio emergencial de R$ 600 durante o estado de calamidade decretado pela pandemia.