Crise do covid-19 segue impactando a economia. Nessa quarta-feira (6), o Banco Central anunciou mais uma redução na taxa básica de juros (Selic). O reajuste foi de 0,75 ponto percentual, fazendo com que a tarifa caísse de 3,75% para 3% ao ano. Trata-se do menor número desde 1996 e, de acordo com especialistas, há ainda novas chances para outros cortes.
Segundo o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, a decisão foi necessária levando em consideração os efeitos da pandemia em todo o território nacional. O grupo argumentou que, nesse momento, a principal missão é estimular o mercado para que mais à frente o mesmo tenha a oportunidade de reagir a crise.
“Apesar da provisão adicional de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador, com saída de capitais significativamente superior à de episódios anteriores”, acrescentou o Copom.
Desde a chegada do coronavírus do Brasil, devidamente registrado no mês de março, foram contabilizados 2 cortes consecutivos. Entenda os efeitos dessa ação nas taxas de juros para o consumidor.
Tarifas mais altas
Como a Selic é utilizada como base da economia para determinar as taxas de juros dos financiamentos, suas variações interferem diretamente na remuneração dos produtos e serviços.
Isso significa que, mesmo com as reduções, o consumidor precisará contar com preços mais altos, tendo em vista a desvalorização do mercado.
Impactos do corte da Selic na poupança
Outro serviço que também vem perdendo sua rentabilidade é a poupança, utilizada por milhares de brasileiros para gerir investimentos. Se a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende aproximadamente 6,17%, 0,5% ao mês.
No entanto, quando a mesma está menor que 8%, a poupança passar a apresentar um lucro mínimo ou inexistente.
Juros x inflação
No que diz respeito aos impactos na inflação, o Banco Central usa os juros para tentar estimular a economia. Se a inflação estiver alta, os juros aumentam para que os preços caiam.
Porém, estando baixo, os produtos permanecem com os números de venda elevados. Para esse ano, a meta da inflação era de 4%. Em 2019, o país fechou com 4,31%. Até o mês de março, o IBGE mostrava que estávamos com 0,07%.