Taxa de juros Selic entra em pauta no Copom com previsão de QUEDA

Cenário econômico segue passando por instabilidades e modificações contínuas. Com a crise do coronavírus, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou que irá realizar uma reunião, nessa quarta-feira (6), para definir os valores da taxa básica de juros, a Selic. Desde o início da pandemia, o Banco Central vem reduzindo as cobranças, que deverão cair de 3,75% para 3,25% 

Taxa de juros Selic entra em pauta no Copom com previsão de QUEDA (Imagem: Reprodução - Google)
Taxa de juros Selic entra em pauta no Copom com previsão de QUEDA (Imagem: Reprodução – Google)

Se a previsão for confirmada, este será o menor número desde o regime de metas para a inflação, realizado em 1999. Até o momento, a expectativa do mercado é que a Selic fique entre 2,75% dentro dos próximos meses.  

De acordo com o Banco Central, o anuncio do novo valor será feito ainda hoje (6), a partir das 18h. A instituição alega que a medida faz parte do pacote de contenção da crise gerada pelo Covid-19 e tem como finalidade garantir o funcionamento dos bancos nacionais.  

Impactos na economia  

Desde a chegada da pandemia, no mês de março, o país vem enfrentando um forte período de modificações econômicas e trabalhistas. Milhares de empresas estão fechando suas portas e diversos setores do mercado vivenciam dias de cortes e paralisações.  

Mediante ao atual cenário, o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a economia mundial terá uma queda de 3%, sendo o pior número desde a crise de 1929. Já para os economistas do mercado financeiro, a queda deverá ser de 3,7%.  

Até o momento, com o mercado paralisado, um outro ponto que vem variando é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no qual está com um valor de 0,07%, menor medição desde 1995. Segundo os especialistas, a taxação deverá variar e ficar em 1,97% na média anual, sendo 2,5% abaixo do piso esperado.  

Impacto nos juros bancários 

Além das variações nas estatísticas nacionais, quem sentirá também os efeitos do covid-19 serão as instituições financeiras. De acordo com Miguel José Ribeiro, diretor-executivo da Anefac, a redução não necessariamente significará em valores menores para os clientes.  

“Em um ambiente desses que tem empresas quebrando, ou que vão quebrar, renegociando dívidas, com a economia parada e com pessoas perdendo emprego e renda, o que os bancos fazem? São restritivos no crédito e aumentam a taxa de juros. Com a inadimplência crescendo e tendendo a piorar, não acredito em redução de juros bancários”, disse. 

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.