Shoppings são reabertos e lojistas se surpreendem com reação do público

Centros de compras começam a retomar suas atividades, mas a reação dos clientes não condiz com a expectativa dos comerciantes. Com mais de 30 dias de isolamento social, diversos shoppings do país voltaram a abrir suas portas nos últimos dias. No entanto, o cenário é de preocupação e abandono, tendo em vista que os compradores permanecem com medo de sair de suas casas.  

Shoppings são reabertos e lojistas se surpreendem com reação do público (Imagem: Reprodução - Google)
Shoppings são reabertos e lojistas se surpreendem com reação do público (Imagem: Reprodução – Google)

De acordo com uma reportagem do Estadão, as vendas estão 80% menores do que o normal. Além da falta de participação da população, os lojistas ainda estão lidando com uma fase de insegurança jurídica e encarecimento dos custos.  

Os alugueis para manter seus pontos em funcionamento, por exemplo, ainda não foram negociados. Há shoppings em que as taxações seguem as mesmas, mesmo cientes de que o fluxo de pessoas está completamente abaixo do acordado em contrato.  

Há também preocupação no que diz respeito a elevação dos preços das encomendas. Com o mercado mundial em crise, a mão de obra para fornecer o produto final se tornou ainda mais cara, mesmo mediante a uma realidade de venda mínima.  

Balanço geral nos shoppings 

De acordo com a reportagem do Estadão, cerca de 73 centros comerciais voltaram a funcionar nessa segunda-feira (4), mas isso não garante a tranquilidade para os lojistas. 

“Ficar aberto não tem pago nem os custos de mercadoria”, afirmou Emiliano Silva, diretor de operações da rede de restaurantes Divino Fogão. De acordo com ele, o rendimento de suas unidades em Campo Grande (MS) e Santa Catarina ficou 80% menor que o normal.  

Já Tito Bessa Junior Jr., dono da rede de vestuário TNG, relembra que com os transportes públicos paralisados, os clientes e funcionários não conseguem ter acesso aos shoppings. 

“O transporte público não foi liberado (em Florianópolis) e 90% dos funcionários dependem dele para trabalhar.” 

Ele defende que, nesse momento, os centros de compra precisam negociar o valor dos alugueis, de modo que possa conter o fechamento de todos os pequenos e médios negócios.

Não adianta o shopping obrigar (a abertura). A chance de o lojista ganhar a causa judicialmente é grande porque o movimento que o shopping oferece hoje não justifica pagar o que foi contratado. 

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.