Após mapeamento do contágio pelo novo coronavírus, Rio Grande do Sul (RS) avalia estratégias para retomar as atividades. Nesta quinta-feira (30), o governador do estado, Eduardo Leite, irá anunciar um plano de ação para que a região volte, gradativamente, ao seu ritmo de funcionamento. De acordo com os gestores, o planejamento foi baseado em pesquisas realizadas pela Universidade de Pelotas, de modo que possa conter o número de infectados pela pandemia.

Apesar de não ser a região mais afetada pela doença, o estado já contabiliza mais de 1.420 casos confirmados, ocasionando em aproximadamente 52 mortes.
De acordo com estudos realizados na universidade de Pelotas, a cada 1 pessoa contaminada, há 12 que não são notificadas, fazendo com que a média de contágio ultrapasse o número de mais de 15 mil pessoas.
Até o momento, o centro de pesquisa de saúde realizou 4.500 mil testes, comprovando que todos os familiares dos doentes desenvolvem anticorpos para o vírus.
Baseado nesses estudos, o governo estadual está desenvolvendo estratégias para pôr fim ao isolamento social. A decisão não acontecerá de forma imediata e levará em consideração o número de mortes e contaminação por cidade.
Avaliação por região do RS
De acordo com os dados do estudo, cidades como Lajedo, Vale do Taquari e Passo Fundo foram consideradas a de maior risco, ficando com um alerta vermelho e reforçando a necessidade da quarentena. Já em Porto Alegre e Caxias do Sul, a situação é relativamente mais amena, estando entre o intermediário do contágio.
Para poder retomar as atividades, o governo irá aplicar protocolos diferentes para cada região, priorizando as atividades mais essenciais para garantir a segurança dos cidadãos.
Todos os setores de funcionamento, como comércios, centros de saúde, alimentação, entre outros, terão protocolos diferentes que deverão ser aplicados mediante o fluxo populacional e risco de proliferação do coronavírus.
Apesar de ainda não terem sido anunciadas, o governo do RS espera que as medidas passem a ser aplicadas a partir da próxima semana. De acordo com os gestores, mesmo com a liberação e retomada, o poder público continuará monitorando e fiscalizando os números de contaminação e não descarta a possibilidade de paralisar os serviços novamente, caso necessário.