Preço do petróleo passa por novas modificações nessa quarta-feira (22). Em meio a uma das maiores crises da história, o valor internacional do produto ficou inferior a US$ 16, sendo o menor desde 1999. O petróleo Brent registrou um recuo de 0,05 dólar, ou 0,26%, a US$ 19,28 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos caiu 0,61 dólar, ou 5,27%, a US$ 10,96 por barril. Com as variações de contato pelo WTI, o barril chegou a ficar 8,04% ainda mais barato, sendo vendido por US$ 10,76.
Até essa terça-feira (21), os contratos do Brent apresentavam uma perda de 24%, fixando um valor de US$ 19,33 por barril. Quanto ao petróleo nos Estados Unidos, a queda foi ainda maior, de 43%, comercializado por US$ 11,57. Essa foi a menor taxação aplicada desde fevereiro de 2002.
Segundo economistas, a estimativa para os próximos dias é de reajustes inferiores ainda maior. Muitos alegam que o excesso de oferta vem sendo motivado pelos efeitos econômicos do Covid-19, amplificando a redução das demandas por combustíveis.
Redução de compras e ampliação de ofertas
Antes mesmo da chegada do Covid-19 o mercado petrolífero já estava vivenciando um período de instabilidade.
O confronto entre a Arábia Saudita e a Rússia, responsáveis por administrar a Opep+ que determina os valores de revenda, foi o primeiro ponto para que os combustíveis entrassem na crise.
Ambos os países estão em disputa para determinar os cortes de produção do produto. Tal situação começou a afetar na comercialização em todo o mercado internacional que passou a sentir os efeitos da pandemia.
Com a necessidade do isolamento social, o número de vendas vem sendo reduzido consideravelmente. No Brasil, os proprietários de postos de gasolina começaram a demonstrar preocupação, pois além do produto estar perdendo seu valor, ainda há perda no poder de compra e venda.
Reações do mercado para o preço do petróleo
Para minimizar os impactos da crise, alguns países concordaram em reduzir o bombeamento, de modo que pudesse controlar os números das petroleiras. No entanto, esse corte será sentido de forma gradativa e não apresentará um efeito imediato.
“O mercado de petróleo está profundamente encrencado e é pouco provável que saia desse mal-estar no curto prazo. A demanda está baixa, a oferta está elevada e os estoques estão cheios”, afirmou Stephen Brennock, da corretora PVM.