Crise do Covid-19 gera mais de 5 milhões de demissões em todo o mundo. Iniciada desde dezembro de 2019, a pandemia do coronavírus vem impactando não só os sistemas de saúde pública, como também diversos setores do mercado. Turismo, gastronomia, máquinas, indústria, entre outros, vem registrando um número de desocupação de vagas em massa por parte de seus servidores.
Para contabilizar tais números, diversas instituições de pesquisa estão fazendo levantamentos que tenham como finalidade medir o índice de desemprego nas regiões mais afetadas.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, somente nas últimas quatro semanas, foram exoneradas mais de 22 milhões de pessoas, gerando um desfalque imenso na economia americana.
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Já no Brasil, dados do IBGE mostram que 990 mil trabalhadores foram afastados. O número representa quase 10% do total da taxa de desemprego nacional, registrando um crescimento de 11,2% somente nesse primeiro trimestre.
Quanto aos cortes salariais, o estudo pode mostrar que mais de 2,97 milhões de pessoas ficariam desempregadas, elevando a taxa nacional para 14%.
Estimativas de vagas para o futuro
Visando ter uma noção média do impacto econômico a longo prazo, o Laboratório do Futuro (LabFuturo) da Coppe/UFRJ calculou os parâmetros de estudos feitos pelos UEA e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com a pesquisa, esse ano, o setor de serviços contará com reduções que irão variar entre 10% e 50%, contabilizando mais de milhões de vagas.
Nesse cenário, o menor índice de demissão seria 990 mil pessoas e o pior registra mais de 4,95 milhões de cortes. Nesse caso, a taxa de desemprego subiria para 15,9%.
— Mapeamos seis grandes grupos com potencial de sofrer maior impacto, como nas áreas de comércio e alimentação. É importante notar que quase 95% desses trabalhadores são empregados de pequenas empresas (com até 20 funcionários), e com salários médios menores ou iguais a R$ 1.500. Não têm renda acumulada para situações como esta — destaca o pesquisador da Coppe/UFRJ, Yuri Lima.
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Entre os mercados mais afetados, a pesquisa afirma que o comercio varejista registrará 3 milhões de desligamentos. Outros 1,5 milhões ficou destinado para áreas como bares, restaurantes, lanchonetes, transporte, turismo, hotelaria, atividades esportivas e cultura.