Governo poderia tomar essas atitudes para salvar 26 mil moradores de comunidades do Covid-19

O governo segue colocando em prática uma série de medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Devido a grande quantidade de pessoas concentradas em favelas, as comunidades acabam se tornando um lugar em que a contaminação pode acontecer de forma muito mais rápida. A redução de pessoas concentradas e investimento em higiene poderia ajudar a atenuar este problema.

Governo poderia tomar essas atitudes para salvar 26 mil moradores de comunidades do Covid-19
Governo poderia tomar essas atitudes para salvar 26 mil moradores de comunidades do Covid-19 (Foto: Google)

Adotar esta e outras medidas nas comunidades, como criar estruturas de saneamento emergenciais, poderia resultar em uma redução na enorme quantidade de pacientes do sistema público de saúde e consequentemente salvar muitas vidas.

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Segundo estimativas, ao adotar estas medidas, em São Paulo o número de vidas poupadas seria de 26 mil em média. Já no Rio de Janeiro, o número seria de 15 mil.

Os estudos foram realizados por um grupo de pesquisadores especialistas em modelagem de dinâmica de sistema em parceria com o coletivo Favelas contra o Coronavírus. Em comunidades, é praticamente impossível que o isolamento social seja praticado.

A recomendação de lavagem das mãos de forma constante também é difícil de se mensurar, os pesquisadores propuseram entre outras ideias, que as favelas fossem esvaziadas.

Foi elaborado por eles, um simulador para avaliar o efeito de sete ações combinadas em diferentes proporções.

São elas: remover temporariamente os moradores das favelas para equipamentos públicos ou para hotéis, subsídio a insumos de higiene, renda básica para a compra de produtos de higiene; estruturas emergências de saneamento; expansão de UTIs e por fim, uso de máscaras faciais.

O estudo foi feito com base no Estado do Rio de Janeiro, onde se concentra o maior número de pessoas que vivem em favelas em todo o Brasil.

A avaliação do grupo com base na combinação das medidas citadas, constatou que reduzir em 50% a densidade demográfica das favelas do Estado do Rio, com a transferência provisória de cerca de 5.000 pessoas/km², a criação de estruturas emergenciais de saneamento em todas as comunidades que ainda não contam com o serviço, a distribuição de produtos de higiene para 50% das casas, e por fim, a construção de 20 UTIs/dia no Estado desde o início da epidemia poderiam salvar uma média de 15 mil vidas ou 16% das potenciais vítimas do Estado.

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Já para o Estado de São Paulo, levando em consideração as mesmas medidas, o número de vidas salvas poderia atingir 26 mil, ou 14% das potencias vítimas da doença, caso o governo tomasse essas mesmas providências.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.