A partir desta quarta-feira (15), a Petrobras vai reduzir mais uma vez o preço dos combustíveis em suas refinarias. Segundo a estatal, a gasolina terá um corte de 8% e o diesel de 6%.
Sendo assim, a queda acumulada da gasolina neste ano será de 48% e a do diesel chega a 35,4%.
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Essa redução reflete a forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional provocada pela pandemia de coronavírus, mas não está chegando até as bombas.
Um conjunto de fatores podem justificar os consumidores não sentirem tanta diferença no valor, por exemplo, os estoques elevados nos postos, comprados pelos revendedores a um preço mais alto devido ao menor consumo dos combustíveis, até a composição do preço final.
De acordo com especialistas, o preço da refinaria representa cerca de 29,9% do preço total da gasolina.
A carga de impostos chega a cerca de 45%. Além do custo com a adição do etanol anidro que representa 13,5% do preço total de combustível.
Após o corte que foi anunciado pela Petrobras, o litro da gasolina custará menos R$0,086 nas refinarias. O diesel terá uma redução de R$0,096 por litro.
O diesel marítimo, chamado de bunker, será reduzido em 6,2% e a queda do combustível para as térmicas será de 6,1%, informou a estatal.
A nova rodada de redução nos preços das refinarias tem o mesmo pano de fundo dos cortes anunciados neste ano: a queda do preço do petróleo no mercado internacional.
Nesta terça-feira (14) o petróleo do tipo Brent, que serve como referência, estava cotado a US$ 30, uma queda de 5,29%.
Foram realizadas onze reduções pela Petrobras neste ano nos preços da gasolina e seis no preço do diesel, que chegaram de forma lenta aos consumidores.
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O preço de venda nos postos do litro da gasolina na semana passada foi na ordem de R$ 4,149, representando uma queda de 9,39% em comparação aos R$ 4,579 cobrados no mês de janeiro deste ano, de acordo com o levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP).