Mercado sente os impactos da crise ocasionada pelo novo coronavírus. Nessa segunda-feira (13), o Boa Vista apresentou o primeiro levantamento econômico da páscoa 2020, mostrando uma queda de vendas de 33% em comparação ao ano passado. É válido ressaltar que, essa é a primeira data comemorativa desde a expansão da pandemia no território nacional.

Um dos principais motivos relacionados a baixa rotatividade, diz respeito ao fechamento dos centros de compra e ordem de isolamento. Desde o mês de março, diversas cidades brasileiras decretaram estado de quarentena, impedindo a abertura de comércios.
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Além disso, o número de desempregos vem crescendo consideravelmente. Com o fechamento de serviços, há muitos brasileiros que tiverem seus negócios encerrados e precisaram afastar os servidores. Ambos os cenários permanecem em circulação e deverão se sustentar até meados do mês de junho.
Na páscoa passada, o país registrou um crescimento de 1,5% nas vendas e a estimativa era de números ainda maiores para este ano.
No entanto, logo após o carnaval, o país começou a registrar os números de infectados, que atualmente já somam mais de vinte mil pessoas. Somente em Pernambuco, no último balanço, divulgado nessa segunda-feira (13), são 1.154 infectados confirmados, com cerca de 102 mortes.
De acordo com os dados levantados pela Boa Vista, a última vez em que o país sofreu uma redução tão grande foi na crise de 2016, ocasionada pela instabilidade da disputa política. Para poder contabilizar tais números, o estudo analisa o banco de dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito, que contabiliza registros nacionais.
Páscoa de isolamento
Para poder suprir as necessidades do feriado, milhares de brasileiros adotaram serviços de e-commerce e delivery. Marcas como o Carrefuor, Extra, Magazine Luiza e Cacau Show, reforçaram suas entregas e aumentaram o número e tipo de produtos, para que seus clientes pudessem realizar compras online.
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Com a necessidade de isolamento, o mercado tem se visto obrigado a migrar para as plataformas digitais, de modo que possa conseguir se sustentar durante a crise.
No caso de médias e micro empresas, as vendas ocorrem por meio de divulgações menores, em suas próprias redes sociais, sem deixar também de ofertar entregas por meio de motoboys.