Em meio à crise, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, anuncia o aumento no tempo de carência para quem solicitar o crédito consignado. O comunicado foi feito na última semana, por meio de uma chamada de vídeo no perfil da instituição. De acordo com o representante, as medidas ainda estão sendo estudadas e deverão passar a valer em breve.

Durante a conversa, Sidney explicou que o objetivo é “estender a prorrogação que fizemos em outras linhas para o crédito consignado, quem sabe dando uma carência”. Desse modo, espera-se um crescimento no número de solicitações de empréstimo, que atualmente já bateu a marca de mais de R$ 130 bilhões, desde o início da crise gerada pelo Covid-19.
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Ainda de acordo com o presidente, essas estatísticas deverão ser alteradas. Ele alega que, os valores são maior do que a quantia já levantada, afirmando que as instituições financeiras já devem ter autorizado mais de R$ 150 bilhões entre os meses de março e abril.
Atenção aos pagamentos
Somente no que diz respeito a renegociações e concessão de novos empréstimos, foram solicitados entre R$ 300 e R$ 400 bilhões. Quanto a isso, Sidney reforçou que os empresários que já deram entrada em seus financiamentos precisam ficar atentos para cumprir os contratos.
“Choque de oferta e choque de demanda não se resolvem com quebra de contrato“, afirmou, explicando que o atraso ou suspensão dos pagamentos ocasionarão em “consequências severas” para a economia nacional.
Segundo ele, quem estiver inadimplente deve procurar por sua instituição financeira, que nesse momento, tem por obrigação estar aberta para poder renegociar as formas de pagamento. Em caso de efeitos ainda piores ao longo da pandemia, a Febran se responsabiliza em oferecer condições mais favoráveis, alegou.
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Aumento na liquidez e nos juros no crédito consignado
Sidney afirmou também que, com o crescimento da demanda por parte das empresas, os bancos vêm sentindo um impacto sobre suas liquidez e taxas de juros.
“Precisamos separar, de um lado, as pequenas e médias empresas, que estão renegociando suas dívidas. Temos que separar isso das grandes empresas, que estão demandando valores muito elevados, o que impacta de forma significativa a liquidez dos bancos, com reflexo na curva de juros”, defendeu.