Sem conta? Caixa vai abrir 30 milhões de poupanças para sacar auxílio de R$600

A Caixa Econômica Federal vai abrir mais de 30 milhões de contas poupanças para quem recebe o auxílio emergencial de R$600 e não possuí conta em nenhum banco. A ideia é que o benefício chegue para os brasileiros sem que precisem ir até as agências para sacar o dinheiro. 

Sem conta? Caixa vai abrir 30 milhões de poupanças para sacar auxílio de R$600
Sem conta? Caixa vai abrir 30 milhões de poupanças para sacar auxílio de R$600 (Imagem: Reprodução/Google)

Esse anúncio foi feito nesta terça-feira (7), pelo presidente do banco, Pedro Guimarães. No mesmo dia foi divulgado o cronograma de pagamento das três parcelas do benefício.

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De acordo com ele, essa medida vai simplificar os pagamentos do auxílio durante a crise do coronavírus, ajudará a diminuir o desbancarizados no país, que não têm acesso ao crédito. 

“Nós temos mais de 30 milhões de brasileiros sem acesso a nenhum tipo de conta. Normalmente, essas pessoas são aquelas que tomam dinheiro a 20% ao mês, 25% ao mês, no mínimo. Existe um componente de inclusão social muito relevante” disse Guimarães.

A criação dessa poupança social digital é uma exigência da lei que foi aprovada e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana. 

Esse texto obriga que o governo ofereça ao menos uma transferência eletrônica por mês para a operacionalização do pagamento. Também está previsto que não haverá cobrança de tarifas.

Essa abertura de contas digitais também serão estratégicas para os negócios da Caixa. As poupanças continuarão a funcionar após a pandemia, a instituição vai conseguir ter acesso a um público novo que poderá contratar outros produtos no futuro, como o microcrédito. 

“São milhões de brasileiros que, pela  primeira vez da vida deles passarão a ter uma conta de graça e para sempre porque a Caixa não vai fazer cobrança de absolutamente nenhuma dessas contas. Não será um movimento de três meses. É algo estratégico nosso, mais importante agora é criar esse banco de microcrédito”, afirma Guimarães.

O banco conseguiu a exclusividade nos pagamentos do coronavoucher depois de ter uma queda de braço interna entre os técnicos que trabalharam no desenho do plano. 

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As equipes do Ministério da Cidadania preferiam que a operação fosse realizada pelo Banco do Brasil. Porém os outros técnicos do Planalto tinham preferência pela Caixa.