Em meio a pandemia do novo coronavírus, diversas empresas estão oferecendo condições especiais para seus clientes durante este momento de crise no país. Entre elas, as instituições financeiras estão oferecendo a possibilidade de prorrogar o pagamento de dívidas e renegociações.
A decisão dos cinco maiores bancos do país, o Bradesco, Itaú, Caixa, Santander e Banco do Brasil já levou mais de dois milhões de brasileiros a pedirem a renegociação de R$ 200 bilhões de empréstimos, de acordo com relatório divulgado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
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No documento não foi detalhado o número de ações que já foram renegociadas. Mas, o Itaú divulgou através de nota à imprensa que um total de 302 mil contratos já foram renegociados. Desta forma, as parcelas somam o equivalente a R$ 679 milhões. No total, contratos somam R$ 12,1 bilhões.
Este benefício proporciona uma mobilização de forma expressiva na população, provocando uma alta demanda. Com isto, há diversas reclamações sobre as dificuldades de negociar e realizar uma adiantamento nas prestações em dois ou três meses.
Mas, de acordo com a Febraban, esta movimentação é entendida como uma certa “ansiedade” não só no setor bancário, mas também nos demais. A orientação por hora é que será necessário entender que esta movimentação é um processo complexo.
Neste sentido, destaca-se que será feito de forma gradual, no qual as demandas provenientes das solicitações são observadas em muitos casos como a necessidade de realizar mudanças regulatórias. Por isto, instituições financeiras precisam de mais tempo para processar.
Números de endividados
No país, com a crise do coronavírus, os brasileiros estão fazendo mais dívidas. Os números da Confederação Nacional de Comércio (CNC) destacam que houve um recorde nas solicitações, somando 66,2% dos trabalhadores.
O número era expressivo no que se diz a respeito às dívidas relacionadas ao cartão de crédito, cheque especial, crédito pessoal, crédito consignado, carnês, financiamentos de carros, financiamentos de imóveis.
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O estudo também mostro que a inadimplência das famílias estava relativamente estável, antes da pandemia assolar o país. Mas, de acordo com especialistas, a previsão para os próximos meses é que o número mude.
Além deste meio, o comércio também prevê um aumento das vendas do varejo de 3% no ano, mas a previsão já é de uma queda de 4%. Todo este cenário é destacado mediante o fechamento das lojas e shoppings por todo o país.