Fintechs prometem R$10 bilhões para ajudar pequenas empresas

As fintechs vão triplicar a oferta de crédito para micro, pequenos e médios empresários, oferecendo até R$ 10 bilhões em financiamentos. A ideia é fazer parte dos esforços do governo para injetar recursos na economia em meio à crise que foi provocada pela pandemia de coronavírus. 

Fintechs prometem R$10 bilhões para ajudar pequenas empresas
Fintechs prometem R$10 bilhões para ajudar pequenas empresas (Imagem:Reprodução/Google)

De acordo com executivos desse segmento, as empresas financeira e bancos digitais já têm as soluções tecnológicas e o acesso a clientes. Por isso, podem fazer com que os recursos que estão sendo liberados pelo setor público cheguem de forma mais rápida aos que muitas vezes não têm acesso a empréstimos bancários.

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Segundo a Abranet (Associação Brasileira de Internet), as fintechs que são afiliadas à entidade mantém mais de 20 milhões de contas digitais em mais de 5.500 municípios brasileiros.

Cerca de 50% delas, o titular é integrante de uma família de baixa renda. Por nota, a entidade informou que “Além de colaborar para que a ajuda emergencial do governo chegue rapidamente à população beneficiária, a participação das fintechs filiadas à Abranet ocorrerá sem custos para os beneficiários do auxílio emergencial”, afirma.

Conforme a ABCD (Associação Brasileira do Crédito Digital), as fintechs somam mais de 700 empresas, na qual pelo menos um terço poderia atuar como agente de crédito. O segmento intermediou em 2019 um total de R$3 bilhões em empréstimos. 

A projeção da entidade para 2020 é mais que triplicar esse montante e atingir R$10 bilhões em novos créditos concedidos. 

Em entrevista ao UOL, o presidente da ABCD, Rafael Pereira, afirma “As fintechs de crédito têm como público principal o pequeno e médio negócio, exatamente o universo que o governo quer atender”.

Pereira disse que ainda faltam pequenos detalhes de regulamentação para que as fintechs comecem a atuar como agentes repassadores de recursos públicos que estão sendo liberados para subsidiar o pagamento de salários de empregados de micro e pequenas empresas. 

Os integrantes da equipe econômica do governo federal já expressaram a intenção de fazer das fintechs os agentes financeiros mais atuantes. 

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O Banco Central anunciou uma regra que permite que as fintechs sejam agentes repassadores de recursos do BNDES, regra que antes era exclusivo dos bancos.

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