Apesar de adiar a entrega das declarações, o calendário das restituições do IRPF 2020 seguirá mantido. Nessa quinta-feira (02), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, afirmou que o cronograma das devoluções seguirá o calendário já divulgado. Os primeiros contemplados passarão a receber a partir do dia 29 de maio.
Mesmo com a prorrogação no envio das declarações, as restituições deverão permanecer sendo pagas até o mês de setembro.
A ordem dos depósitos será definida de acordo com o envio da prestação de contas. Isso significa que, quanto mais cedo o imposto for declarado, mais rápido o contribuinte será restituído.
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As declarações começaram a ser enviadas na primeira semana de março e até o momento, segundo a Receita Federal, apenas 27% dos brasileiros enviaram seus dados.
De acordo com o secretário, a decisão de manter o calendário das restituições do IRPF 2020 nas datas previstas tem como finalidade ofertar mais recursos para que os brasileiros lidem com a crise gerada pelo Covid-19.
Ele ainda afirmou que a antecipação, em comparação com o ano de 2019, deverá ser vista como uma forma de incentivo para que a população declare seus impostos dentro do prazo. Com os valores arrecadados, o governo financiará as ações de contenção da pandemia.
“Considerando a situação excepcional, decidimos manter o cronograma de restituições previsto anteriormente. Nos anos anteriores, começava em junho e ia até dezembro. Neste ano, já havíamos antecipado para maio e terminando em setembro. Vamos manter esse cronograma previsto inicialmente, mesmo com a prorrogação dos prazos de entrega“, explicou Tostes Neto.
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Calendário de restituições do IRPF 2020:
- 1º lote: 29 de maio de 2020
- 2º lote: 30 de junho de 2020
- 3º lote: 31 de julho de 2020
- 4º lote: 31 de agosto de 2020
- 5º lote: 30 de setembro de 2020
Valor das restituições
Nesse primeiro lote, o governo federal deverá desembolsar cerca de R$ 2 bilhões para custear as restituições do IRPF. Serão priorizados idosos, pessoas com deficiência e portadores de doenças.
Na sequência, o pagamento passará a ser ofertado para os demais contribuintes, levando em consideração a ordem de envio das declarações. O valor total deverá ficar em torno de R$ 26 bilhões.