Hotéis tomam decisão drástica e afetam seus funcionários

Com a pandemia do novo coronavírus fazendo com que todos permaneçam em casa para barrar a propagação, diversas empresas tiveram que fechar as portas por não serem consideradas serviços essenciais. Um dos setores também mais afetados é o de hotéis e turismo.

Hotéis tomam decisão drástica e afetam seus funcionários (Reprodução/Agência Brasil)
Hotéis tomam decisão drástica e afetam seus funcionários (Imagem: Reprodução/Agência Brasil)

Para tentar auxiliar estas companhias na hora da recuperação econômica e manter a atividade mesmo depois da crise passar, o governo federal estuda a implementação de diversas medidas, incluindo a suspensão de salários.

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A proposta do governo de realizar a suspensão por quatro meses dos salários durante a pandemia no coronavírus foi recebida com duras críticas pela sociedade civil, mas bem vista por empresários.

Em entrevista ao UOL, a CNTUr (Confederação Nacional do Turismo) detalhou que está tomando algumas medidas para tentar auxiliar o setor durante este período. Além dela, outras ligadas ao setor de turismo e hotelaria tentam buscar alternativas para se manter no mercado depois da crise.

Com hotéis fechados e o número de viagens áreas diminuindo, o setor enfrenta um grande problema para manter as contas mensais. Uma das alternativas está sendo realizar adequações de quadro. A CNTUr, por sua vez, orientou que os sindicatos aderissem às alterações propostas pelo governo.

Além desta medida, ainda orienta as empresas do setor a suspender os contratos de trabalho por até 120 dias sem salário, entre outras medidas. Já o setor de hotéis em São Paulo teve medida que poderá acarretar em suspensão de contratos de trabalho por causa do coronavírus.

O Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e Região) assinou o termo em 19 de março no qual pontua que os trabalhadores de 32 municípios, além de São Paulo, representados pela entidade já podem ter seus contratos de trabalho alterados por tal medida.

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De acordo com o secretário-geral do Sinthoresp, Rubens Silva, em entrevista ao UOL, a decisão de realizar a “manutenção dos postos de trabalho era o mais importante neste momento. Então, demos algumas saídas para os empresários atuarem junto a suas administrações”.

Ele ainda destaca que a última opção acaba se tornando a suspensão do contrato, com previsão do abono. O profissional ainda espera que o governo federal crie linhas de crédito para pequenas e médias empresas para que estas ações façam efeito.

Além da suspensão dos salários, o acordo assinado pelo Sinthoresp detalha outras possibilidades como o pagamento de um abono de 50% do salário. O acordo também prevê a possibilidade de concessão de férias ou rescisão de contrato.

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