Paulo Guedes, ministro da Economia, comunicou a forma que o governo irá trabalhar para agilizar o pagamento do auxílio emergencial de R$600 para os trabalhadores informais. De acordo com o ministro, a ideia é usar o cadastro de trabalhadores informais no banco de dados dos municípios.
A ideia foi trazida em uma teleconferência com a FNP (Frente Nacional de Prefeitos), no último domingo (29).
Leia Mais: Coronavírus: companhias de cartão de crédito sentem queda de 50% nas vendas
Guedes falou que o objetivo é que os municípios enviem os cadastros dos trabalhadores informais que incluem ambulantes, taxistas e baleiros, para que o repasse do governo aconteça mais rapidamente.
Outra alternativa apresentada é do Ministério da Economia transferir o recurso do auxílio emergencial para as contas das prefeituras de cada cidade. E tornar responsabilidade de cada uma repassar o benefício aos trabalhadores informais.
As propostas tem o objetivo de acelerar o pagamento do voucher para os trabalhadores informais.
O CadÚnico (Cadastro Único), do Ministério da Cidadania, principal central de informações sociais do Brasil e que é utilizado pelo Bolsa Família, abrange cerca de 28,8 milhões de famílias, porém, neste cadastro se encontra apenas 46,8 milhões de trabalhadores informais do Brasil.
Para aumentar a base de dados, Paulo Guedes disse que vai contatar a Caixa e o INSS, os responsáveis pelo pagamento do auxílio emergencial e da captação dos beneficiários, para que as informações de cada município seja somada aos do Cadastro Único.
No último sábado (28), Guedes disse que o país foi atingido por um “meteoro” e reforçou o pedido para que empresários e instituições financeiras comprem testes do coronavírus para que seus funcionários o realize.
Falou também que nenhum brasileiro será deixado de lado na crise causada pelo vírus e que o pacote de socorro a pequenas empresas, aos trabalhadores informais e aos desempregados já conta com R$750 bilhões.
Guedes finaliza afirmando que um dos maiores obstáculos da pasta é fazer com que os anúncios dos recursos realizados cheguem de fato nos alvos das ações, por conta das entraves jurídicos.
A grande parte dos R$ 782 bilhões anunciados pelo governo para atenuar a crise causada da pandemia está direcionada para ampliação do crédito.
Leia Mais: Coronavírus: SUS vai receber R$2 bilhões para melhorar atendimento
“Temos que ter uma cláusula de calamidade pública que suspende (esses mecanismos) e permite agir rápido. Eu estou com vários secretários que dizem que não podem assinar, que podem ser presos, sofrer impeachment”, explicou Guedes.