Em meio a pandemia do novo coronavírus com o comércio fechado e ruas vazias, o impacto está sendo observado em diversas frentes, inclusive para aqueles que não têm um emprego formal. Desta forma, solicitações estão sendo pontuadas por diversos órgãos para tentar auxiliar este público. Entre eles, os beneficiários do Bolsa Família poderão receber um auxílio emergencial durante este período.
A solicitação de um estudo para financiar esse público foi enviada pelo Ministério da Economia para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
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Além do Bolsa Família, a medida deve afetar os beneficiários do Cadastro Único para reduzir os danos da pandemia do coronavírus à população de baixa renda. O projeto impactaria o reajuste de 29% no programa.
A medida visa garantir o poder de compra, uma vez que não houveram reajustes nos valores do programa Bolsa Família nos últimos anos. O último aconteceu no ano de 2018, no governo Michel Temer.
Vale ressaltar que em 2019, o presidente Jair Bolsonaro instituiu o décimo terceiro salário, mas não corrigiu os valores. Na última semana, governo federal liberou a inclusão de 1,2 milhões de famílias no programa.
A pasta do Ministério da Cidadania, responsável pelo gerenciamento dos programa sociais, inclusive recebeu R$ 3 bilhões para investimento no projeto. Com modificações, Bolsa Família será entregue a chegará a 14,2 milhões de lares.
O benefício dos R$ 450 seria direcionado a todas as famílias que têm renda per capita de até meio salário mínimo, conforme estudos do Ipea. O reconhecimento e garantia de entrega seria efetivado pelas informações demostradas no Cadastro Único.
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De acordo com a proposta, não só os beneficiários do Bolsa Família, mas, também, trabalhadores que estão em vulnerabilidade neste momento de crise seriam inclusos. Neste caso, eles correspondem aos 40% da população ocupada atuando em trabalhos informais.
Com a implementação, as políticas atingiriam cerca de 64 milhões de brasileiros, que receberiam ajuda mensal de R$ 210 (ou R$ 633 por família) por um semestre. Para os cofres públicos, seria o equivalente a R$ 92 bilhões.
Deste número, o Ipea destaca que poderá ter o impacto apenas no Orçamento de 2020 e, ressaltando, R$ 1,2 trilhão que o Banco Central informou ter disponível para estabilizar o sistema financeiro.