Reforma da Previdência de São Paulo volta a valer em decisão do STF

Servidores de São Paulo terão suas aposentadorias modificadas mais uma vez. Nessa terça-feira (14), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, voltou atrás na decisão de suspender a reforma da previdência, aprovada no começo de março. As novas regras estariam canceladas temporariamente, mediante a situação do coronavírus. No entanto, o ministro deu andamento ao processo, afirmando que ele deverá continuar em vigor.

Reforma da Previdência de São Paulo volta a valer em decisão do STF (Imagem: Reprodução - Google)
Reforma da Previdência de São Paulo volta a valer em decisão do STF (Imagem: Reprodução – Google)

A decisão da suspensão foi iniciada por meio do desembargador Antonio Carlos Malheiros, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ele alegou que, com o atual cenário, as modificações iriam atrapalhar o funcionamento do estado e que seria preciso esperar o país se reorganizar para poder validar a proposta.

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No entanto, Toffoli anulou sua decisão, afirmando se tratar de uma ação prioritária que acaba por interferir no poder legislativo.

“A invocação de eventual inconstitucionalidade de norma constante do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, a incidir sobre o modo como deve desenrolar-se o próprio processo legislativo, implica inegavelmente em indevida intromissão do Poder Judiciário em norma interna de outro Poder, devendo ser sempre rememorado que não cabe ao julgador sindicar as razões políticas pelas quais estabelecida referida forma de proceder”, afirmou o chefe do STF.

Até o último dia 17 de março, a liminar validada pelo desembargador do estado apontava que o processo de aprovação da reforma da previdência apresentava irregularidades.

Segundo ele, sua iniciativa foi ocasionada através de um pedido da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), que questionou a participação dos deputados na hora da votação e tramitação da emenda.

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Ao anular a decisão, Toffoli enfatizou que, caso a reforma fosse cancelada, a economia estaria sujeita a riscos.

“(..) Ressaltando-se, ainda, o evidente risco de lesão à ordem econômica representada pelos efeitos dessa cautelar, em vista da grave e notória situação de déficit atuarial por que passa a previdência dos servidores públicos paulistas”, concluiu.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.