Mais recursos públicos serão liberados para conter a crise. Nessa segunda-feira (23), o presidente, Jair Bolsonaro, afirmou que irá distribuir cerca de R$ 85,5 bilhões entre estados e municípios para amenizar os impactos econômicos e sociais ocasionados pelo coronavírus. A pandemia, em proliferação no Brasil desde de fevereiro, vem paralisando todos os setores do mercado e adoecendo centenas de pessoas.
Diante da situação, o governo federal vem tomando uma série de decisões para poder controlar os transtornos. Na última semana, após solicitação do presidenciável, o país decretou estado de calamidade pública, de modo que possa ter mais verba para financiar as ações emergenciais.
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Ontem (23), por meio de suas redes sociais, durante uma reunião com representantes do Norte e do Nordeste, Bolsonaro divulgou o número de R$ 85,5 bilhões que será enviado para que os governadores possam cuidar de suas regiões.
Segundo ele, a ação será validada por meio de duas medidas provisórias responsáveis por autorizar a transferência para os fundos de saúde de cada território.
Há ainda uma possibilidade dessa quantia torna-se maior. Horas após o anuncio do presidente, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que o valor poderá chegar até a R$ 88,2 bilhões se necessário.
Estratégias do governo
Mobilizados intensamente desde a última semana, os ministros e duas equipes vêm elaborando um pacote imenso de ações de contenção, como modificações do FGTS, liberação de recursos do INSS e mais. No entanto, é válido ressaltar que todas essas ações são consideradas provisórias e deverão ter como prazo de validade o fim da pandemia.
A grande maioria das decisões, nesse momento, tem como objetivo fazer com que a economia nacional permaneça em circulação, mesmo com o país inteiro sob estado de quarentena. Somente a suspensão de vencimento das dívidas dos estados com a União resultará em um valor de R$ 12 bilhões investidos para enfrentar a crise.
Já a renegociação entre os estados e os bancos terá uma economia de aproximadamente R$ 9,6 bilhões. E a facilitação de crédito em diversas modalidades injetará cerca de R$ 40 bilhões.
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Medidas já anunciadas pelo governo no combate ao coronavírus:
- Repasse de R$ 8 bilhões para a área de saúde;
- Recomposição de R$ 16 bilhões para os fundos de participação de estados e municípios;
- Repasse de R$ 2 bilhões para gastos destinados a assistencial social;
- Pausa nas dívidas dos estados com a União (R$ 12,6 bilhões);
- Renegociação de dívidas de estados e municípios com bancos (R$ 9,6 bilhões);
- Operações com facilitação de créditos, no valor de R$ 40 bilhões.