Consignado do INSS ganha novas regras que podem te surpreender

O Conselho Nacional da Previdência (CNP) aprovou a redução do teto de juros do crédito consignado do INSS para aposentados e pensionistas. Incluindo a extensão do prazo de pagamento das operações. Estas alterações podem ampliar em R$25 bilhões as operações de crédito com desconto em folha do INSS.

Consignado do INSS ganha novas regras que podem te surpreender
Consignado do INSS ganha novas regras que podem te surpreender (Imagem: Reprodução / Google)

A equipe econômica do governo tem trabalhado nos últimos dias em medidas com o foco nos problemas causados, ou que ainda podem ser causados pela pandemia do coronavírus.

A maior preocupação é com a população mais carente e consequentemente mais vulnerável. Com tudo, estas medidas necessitam de aprovação do conselho.

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Perante a decisão, o teto de juros do empréstimo consignado do INSS caiu de 2,08% ao mês para 1,80% ao mês, valor que ainda fica acima da taxa média aplicada pelo mercado de 1,76% ao mês.

Para as operações com cartão de crédito, esse limite caiu de 3% para 2,70% ao mês. Inicialmente, a vontade do governo era de que esse valor fosse abaixado para 2,60% ao mês. Ocorreu também a aprovação da ampliação do prazo máximo de pagamento dos empréstimos, que inicialmente era de 72 e foi para 84 meses.

Rogério Nagamine, subsecretário do Regime Geral da Previdência Social, diz acreditar que existe espaço para a queda no limite de juros, conservando o spread bancário que estava em vigência em meados do ano de 2017.

Gustavo Santos, técnico do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), divulgou informações gerais sobre o crédito consignado. De acordo com a apresentação, com o novo teto de 1,80% para as operações de crédito consignado para aposentados e pensionistas, o spread da operação ficará próximo ao que estava valendo em 2017.

A Febraban e a associação dos bancos (ABBC) são a favor de uma redução menos significativa do teto de juros para 1,98% ao mês para empréstimos e de 2,9% ao mês do cartão consignado. Os bancos conseguiram uma negociação de uma taxa de juros maior nesse último produto.

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O governo deseja também a ampliação da margem de comprometimento do benefício com o empréstimo. Para isso é necessário o encaminhamento de uma proposta para o Congresso Nacional. A margem consignável vigente no momento é de 35%, sendo 30% para empréstimos e 5% para cartão.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.