Crise do coronavírus: veja como o governo pretende proteger economia

O governo brasileiro anunciou algumas medidas para tentar amenizar a crise do coronavírus que impacta a economia do país. Uma parte dessas ações foram criadas com o objetivo de disponibilizar mais dinheiro para as pessoas. Serão injetados R$150 bilhões em três meses.

Crise do coronavírus: veja como o governo pretende proteger economia
Crise do coronavírus: veja como o governo pretende proteger economia (Imagem: Montagem/FDR)

A primeira medida foi a antecipação do 13° salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O pagamento de 50% do abono, será realizado entre os cinco últimos dias úteis de abril e os cinco primeiros de maio, para os segurados que recebem até um salário mínimo, ou seja, será pago um grupo por dia. 

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Aqueles que ganham acima do piso nacional terão o dinheiro liberado nos cinco primeiros dias úteis de maio, nessa categoria, são pagos dois grupos por dia. 

O mesmo acontece com a segunda parcela do 13° do INSS. Esta que será paga em maio começa os depósitos em 25 do mesmo mês, mas finaliza os créditos em 5 de junho.

Porém essa liberação ainda precisa de um aval, por meio de um decreto a ser publicado pelo governo federal. O valor total creditado com esta primeira parcela de 50% do valor, sem desconto, será de R$23 bilhões para que os beneficiários possam usar para consumo. 

Também foi antecipado o pagamento do PIS/PASEP para junho, essa medida depende da publicação de decreto presidencial. Se aprovada deve injetar R$ 12,8 bilhões na economia brasileira ainda no primeiro semestre.

O programa Bolsa Família irá receber o investimento de mais R$ 3,1 bilhões para o Bolsa Família. A expectativa é que os recursos permitam incluir 1 milhão de beneficiários no programa.

Ainda para conter a crise do coronavírus, o  INSS suspendeu a prova de vida dos beneficiários por 120 dias. Sendo assim, os segurados irão receber o seu benefício sem ter que comprovar que estão vivos. 

De acordo com o ministro da economia, Paulo Guedes, o governo está examinando a liberação para mais saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

Para as empresas, o governo está tomando medidas para evitar que elas fechem ou demitam funcionários no meio da crise, sendo assim, o governo vai ter um prazo mais longo para as seguintes cobranças:

  • adiamento por três meses no pagamento do FGTS pelas empresas (R$ 30 bilhões) 
  • adiamento por três meses no pagamento da parte da União no Simples Nacional (R$ 22,2 bilhões)

Além disso, por três meses, as empresas terão redução de 50% nas contribuições do Sistema S, que é o conjunto de instituições de interesse de categorias profissionais, como Sesc, Sesi, Senac e Senai). O governo estima que isso dará um fôlego total de R$ 2,2 bilhões às empresas.

O governo deve liberar cerca de R$ 5 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador em forma de crédito para micro e pequenas empresas.

O Conselho Monetário Nacional, aprovou nesta semana duas medidas para a negociação de dívidas. 

A primeira delas é voltada a empresas e famílias consideradas boas pagadoras, com o objetivo de permitir ajustes no fluxo de caixa. A estimativa é de que aproximadamente R$ 3,2 trilhões de créditos se enquadrem nos critérios. 

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Já a outra medida, o governo ampliou a folga de capital do sistema financeiro nacional em R$ 56 bilhões, o que permite que a capacidade de crédito seja elevada em R$ 637 bilhões.

De acordo com o BC, a medida expande a capacidade de utilização de capital dos bancos para que eles tenham melhores condições para negociar e oferecer empréstimos.

Impacto da crise do coronavírus

O vírus que começou na China e foi se alastrando por todo o mundo, exige que as pessoas não fiquem aglomeradas. O Covid-19 tem baixa mortalidade, mas contagio muito rápido.

Por conta disso, os brasileiros foram convidados a ficar em casa. Logo, comércios deixam de ser frequentados, o dinheiro será pouco movimentado e autônomos deixarão de trabalhar.

Pensando em movimentar a economia, o governo tem criado estes estímulos para que as contas não se afundem.