Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica, informou que o governo está estudando a possibilidade do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de serviço) possa ser utilizado como forma de garantia para operações de cartões de crédito. De acordo com ele, as taxas tendo como base o que há de recursos no fundo podem ficar menores.
A medida, porém, ainda não tem um prazo definido para ser anunciada e não foi informado também nenhum detalhe de que tipo de transação seria beneficiada.
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O governo teve essa iniciativa como forma de oferecer uma alternativa e tentar diminuir as taxas de juros que são cobradas dos consumidores finais, e com isso estimular a oferta de crédito no mercado.
Os juros médios totais cobrados no rotativo dos cartões de crédito atingiu a marca de 316,8% em janeiro de 2020, de acordo com as informações do Banco Central.
O juro rotativo dos cartões é uma das taxas mais altas dentre as avaliações do Banco Central. Esse tipo de modalidade acontece quando é efetuado somente o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito.
O secretário aproveitou para falar sobre a regulamentação do crédito consignado que tem a antecipação dos valores do saque-aniversario como garantia.
Sashsida informou que uma minuta de regulamentação está pronta e deve ser aprovada no fim deste mês pelo Conselho Curador do FGTS.
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O secretário apresentou dados que mostram que 2,66 milhões de cotistas do fundo aderiram ao saque-aniversário, e o volume de R$ 3,7548 bilhões de liberação dos recursos em 2020.
O governo estima um aumento do crédito. O potencial imediato é de R$ 11 bilhões em empréstimos. O saque-aniversário do FGTS foi criado em 2019 e permite que o trabalhador possa sacar anualmente uma parte do seu saldo do FGTS, de acordo com o mês em que nasceu.