Bancos cortam projeção de crescimento para o Brasil neste ano

A expectativa de crescimento para o país não anda muito favorável, segundo visão bancária. Logo depois da divulgação do resultado do Produto Interno Bruto, o PIB de 2019, nesta quarta-feira (4), bancos já revisam para baixo a projeção de crescimento no Brasil.

Bancos cortam projeção de crescimento para o Brasil neste ano (Reprodução/Internet)
Bancos cortam projeção de crescimento para o Brasil neste ano (Reprodução/Internet)

Os impactos também estão sendo observados por causa do coronavírus sob a economia mundial. O Citibank enviou relatório para sua base de clientes alertando a redução de 2% para 1,6% de projeção para o PIB brasileiro em 2020.

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Já o Santander, um outro banco com relevância no cenário nacional, informou que poderá diminuir de 2% para 1,7% o sua previsão para o crescimento da economia no país. Em contraponto, Goldman Sachs já havia reduzido a previsão para 1,5%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, responsável pela divulgação do PIB, alertou que houve um crescimento de 1,1% em 2019. O índice representa uma menor expansão desde o fim da recessão brasileira. Já em 2018 e 2017, o PIB havia crescido o equivalente a 1,3% a cada ano.

De acordo com especialistas, o impulso ao consumo com as novas regras de saque do FGTS, por exemplo, veio menor que o esperado no quarto trimestre. Isto porque previamente o Banco Santander, exemplificando, tinha previsto 100% dos recursos do FGTS à disposição, mas só aconteceu 75%.

O cenário do Santander no ponto de crescimento para este ano analisa alguns fatores, entre eles a aprovação da PEC Emergencial pelo Congresso em 2020 e o andamento das discussões para a reforma tributária e administrativa. Ainda de acordo com visão da instituição, as pautas não devem avançar este ano.

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Por sua vez, o Citi já havia realizado um corte de 2,2% para 2% sua projeção para o PIB brasileiro no fim de janeiro.

O cenário do banco considera a aprovação das reformas, mas elas não devem ser concluídas neste ano, na visão do banco. Por causa do coronavírus e do impacto menor do que previsto para o FGTS, o crescimento tende a cair.

Já o Goldman Sachs destaca que o coronavírus vai afetar a indústria, o turismo e o setor de serviços no mundo inteiro e uma maior aversão a risco nos mercados globais piora o cenário para o Brasil, por isso finaliza com a previsão de crescimento baixo.