Queda do Minha Casa Minha Vida preocupa setor imobiliário

Em meio a redução no repasse orçamentário para o programa Minha Casa Minha Vida e a diminuição na participação da iniciativa no volume de lançamento de novos empreendimentos no país. O setor imobiliário se preocupa e começa a apostar em novas modalidades para garantir crescimento neste ano.

Queda do Minha Casa Minha Vida preocupa setor imobiliário (Reprodução/Internet)
Queda do Minha Casa Minha Vida preocupa setor imobiliário (Foto: Reprodução/Internet)

Um dos meios nos quais as empresas estão focadas em apostar é a na possibilidade criada pelo home equity, no qual oferece crédito imobiliário com taxa fixa. Ainda é possível utilizar o imóvel financiado como garantia de um novo crédito.

Leia Também: Crise no Minha Casa Minha Vida não atrapalha setor de construção

De acordo com levantamento divulgado na última segunda-feira (2) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a Cbic, no último trimestre de 2019, o programa Minha Casa Minha Vida correspondeu a 50,6% das unidades lançadas de imóveis no período. Percentual já foi de 56%. A expectativa é de manter queda.

Quando pontuada as regiões do país, o Norte e Nordeste representam o maior número de unidades vendidas no período. Apenas em São Paulo, na capital, estima-se que 49% dos lançamentos eram do segmento imobiliário.

Mas, apesar das projeções serem de quedas e de não ter muita esperança para o programa este ano, governo federal tenta criar métodos para dar continuidade ao programa. Entre eles a inclusão do FGTS como meio para uso da construção de imóveis.

Um dos pontos que também estão em discussão é a de criação de vouchers para substituir a faixa número 1 do Minha Casa Minha Vida.

Mas, a proposta, por sua vez, ainda não foi oficialmente apresentada e não possui apoio do setor. A Caixa, órgão que administra os recursos do programa, também acha a proposta inviável.

Leia Também: Fila do INSS muda vida financeira de deficientes e idosos

Ao observar o ano passado, de janeiro a dezembro, foram 130 mil unidades residenciais lançadas, representando uma alta em 15,4% em comparação a 2018. Mesmo com a retração o setor ainda se mantém confiante de mudanças para este ano.

No último trimestre do ano, por exemplo, houve um avanço de 8,4% ante ao mesmo período anterior, o que representa um lançamento de 44.332 novas unidades no país. Todas as regiões do país tiveram altas. E o setor de vendas também anda confiante, em 2019, foram vendidos 130.434 imóveis – 9,7% a mais que ano de 2018.