Mudanças no Bolsa Família dividem poderes do governo

Mudanças do Bolsa Família dividem o poder nacional e geram um clima de instabilidade entre o Executivo e o Legislativo. Anunciado desde o ano passado, o projeto de reforma no programa tem sido pauta no Congresso e no Planalto. Porém, as propostas não estão dialogando, ocasionando conflito entre as forças. As medidas apresentadas são diferentes e ainda não houve uma intervenção para que estas possam se interligar.

Mudanças no Bolsa Família dividem poderes do governo (Imagem: Reprodução - Google)
Mudanças no Bolsa Família dividem poderes do governo (Imagem: Reprodução – Google)

Entre as mudanças propostas pelos parlamentares, discute-se a possibilidade de tornar o Bolsa Família uma política de estado, aumentar as linhas da pobreza e extrema pobreza (de modo que aceite mais famílias) e reformular o valor dos benefícios.

“Na reformulação do Bolsa Família, o mais importante é transformá-lo em política pública de Estado. É para que cada governo que entra não o modifique, para não ficar a bel prazer da ideologia de cada governante que entra”, afirmou  Flávia Arruda (PL-DF), Presidente da comissão especial.

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Já por parte do Legislativo, a ideia é que sejam aceitas mais pessoas, porém tendo os valores mínimos diferentes do que vem sendo sugerido pelo governo.

No Planalto, o desejo é que sejam considerados em situação de pobreza quem recebe até R$ 200, enquanto no Congresso a ideia é que o valor fique fixado em R$ 250. Atualmente, o limite de renda para ser aceito no projeto é de R$ 178.

Proposta de mudanças no Bolsa Família

A reforma no Bolsa Família vem sendo considerada como uma espécie de ação de marketing do governo federal, para amenizar os efeitos gerados pela reforma da previdência, tributária e administrativa.

Trata-se de uma ação que tem como objetivo aproximar os eleitores mais pobres, de modo que estes considerem-se participantes na agenda social do Congresso.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, alega que a proposta de mudanças no Bolsa Família precisa ser levada adiante para equilibrar as decisões mais amargas do poder público. Segundo ele, as medidas devem ser vistas como um grande passo social que beneficiará mais de 13 milhões de famílias.

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Caso as sugestões sejam aceitas, e os valores bases sofram modificações, espera-se que mais de 3,5 milhões de brasileiros possam ser incluídos e beneficiados ao longo dos próximos anos.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.