Investimento em saúde pública vai precisar de R$50 bi com nova expectativa de vida

Estimativa de vida dos brasileiros aumentará o valor orçamentário do Ministério da Saúde. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população nacional acima dos 65 anos cresceu em 10,5% em 2018 e deverá alcançar 25,5% em 2020, fazendo com que aumente os gastos do governo no que diz respeito a saúde pública.

Investimento em saúde pública vai precisar de R$50 bi com nova expectativa de vida (Imagem - Reprodução - Google)
Investimento em saúde pública vai precisar de R$50 bi com nova expectativa de vida (Imagem – Reprodução – Google)

Somente esse ano, a lei orçamentária, aprovada em dezembro de 2019, destinou R$ 135 bilhões para o setor. O valor é utilizado para a manutenção de hospitais públicos, campanhas de vacina, sistema único de saúde (SUS) e demais serviços públicos.

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Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, com tamanha estimativa, acredita-se que haverá uma necessidade de adicionar cerca de R$ 50,7 bilhões na área da saúde pública entre 2020 e 2027.

O órgão defende que ter um índice de população mais velha aumentará consideravelmente o valor das despesas uma vez em que a categoria requer mais cuidados.

Questionado sobre esse impacto em seus cofres públicos, o governo alegou que os atuais números já levam em consideração despesas com gastos em assistência farmacêutica, inclusive do programa Farmácia Popular. E afirma que continuará mantendo o rendimento de suas unidades de saúde, como as UPAS, hospitais e ambulatórios.

“Há uma forte pressão para elevação das despesas [em saúde] em decorrência do processo de envelhecimento da população, dado que a população de maior idade demanda proporcionalmente mais serviços de saúde”, informou via documento.

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Apesar das estatísticas levantadas, é válido relembrar que o investimento na saúde deverá seguir a política de restrição proposta desde o ano de 2016.

A medida reduz e limita o número investido para o setor, levando em consideração um teto de gastos que não vem sendo modificado de acordo com a variação da inflação.

Desde então, cerca de R$ 9 bilhões deixaram de ser aplicados somente no ano passado. Segundo os números do Tesouro Nacional, para esse ano espera-se uma quantia equivalente. Com um ano de gestão, o atual governo ainda não se pronunciou sobre tais projeções, deixando a pasta em aberto entre seus gestores.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.