Com a posse do novo Ministério da Cidadania, Onyx Lorenzoni, já começam as cobranças para a correção de problemas ligados às falhas no programa Bolsa Família, como as questões ligadas a fila. Segundo informações divulgadas pela mídia, são pelo menos 3,5 milhões de famílias esperando para fazer parte do programa.
Um dos parlamentares que cobra a decisão é o líder do Podemos na Câmara, Léo Moraes (RO), que destaca a necessidade de detalhar ações para reduzir a fila.
“Precisamos que o ministro apresente qual é a real situação do programa e se o Governo tem um calendário com a previsão para zerar a fila”, justifica Moraes.
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A problemática é observada pelo número de pessoas que ainda aguardam na fila do benefício. De acordo com dados divulgados pelo portal El País, a quantidade de famílias aptas a receber o benefício, mas que ainda aguardavam em fila poderia chegar a 3,5 milhões.
Já o Governo detalha que o número é um pouco diferente e defende uma “média” de quase 500 mil a 1,5 milhões esperando receber o benefício desde 2019. Mas, ainda assim, não disponibilizando os números absolutos.
Ao explicar a decisão, a Procuradoria considerou alguns fatores, como a redução de 12% no orçamento para o Bolsa Família anunciado pelo governo no início do ano. No mesmo documento, foi anexado outro pedido de explicações.
Foi também observado cortes no recebimento do benefício. Segundo análise de portais de notícias de todo o país, as ações vêm sendo tomadas para tentar já observar o pacote de ações planejadas pelo governo.
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A possível reformulação está em desenvolvimento pelo governo. Vale ressaltar que os números mostram um défice na entrega dos benefícios. Em dezembro do ano passado 13,1 milhões de famílias eram beneficiadas, cerca de 1,3 milhão a menos que em 2018.
Governo detalha que para este ano a expectativa é que o número de beneficiários do Bolsa Família encolha ainda mais, tendo em vista que o orçamento será cortado de 33,6 bilhões para 30 bilhões de reais.
Mudanças no Bolsa Família
A expectativa do governo é de que o programa seja visto como um sistema de geração de emprego e renda. No qual visualiza e ajuda a população a sair da pobreza, tirando a exclusividade apenas de que é só uma transferência de renda.
O grande desafio atual do governo é de realizar mudanças mesmo com o orçamento enxuto, com a previsão de R$ 97 bilhões para os programas do Bolsa Família e o do Benefício da Prestação Continuada (BPC).
Uma das intenções para juntar a renda mais a qualificação profissional, será a criação do Município Mais Cidadão. No qual visa premiar os municípios que avançarem na área social e que ampliarem, proporcionalmente, a quantidade de jovens do Bolsa Família com curso técnico, crianças no contra turno escolar, população atendida para tratamento de dependência química e outros.
Ainda para integrar as mudanças no Bolsa Família, o ministro destaca que “A gente vai trabalhar muito com cursos técnicos para jovens do Bolsa Família e tem uma parceria com o Sistema S, mas vamos também tem uma parceria direta com as empresas.”