O atual governo diminuiu o reingresso de 75% das famílias no programa Bolsa Família. Além disso, não são feitas novas inserções há meses o que resultou em uma fila de espera de pelo menos 1 milhão de interessados.
O portal UOL teve acesso a uma planilha, por meio da Lei de Acesso à Informação, em que constatou que nos últimos sete meses do ano passado, de junho a dezembro, não houve a reinclusão de nenhuma família no programa.
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O documento aponta que a situação levou a uma queda de 74,5% no número de reingressos, se comparado ao ano anterior, ou seja, ano de 2018.
Em 2018, cerca de 1,08 milhão de pessoas voltaram para o programa. Isso ocorreu por conta da perda de renda na família que fez a solicitação do reingresso ou pela saída causada por algum problema que tenha acontecido no cadastro.
Já no ano passado, só houveram reinclusões até o mês de maio, por conta disso, o número despencou e fechou em 276 mil.
A queda ocorre desde o mês de junho, quando o número de famílias que vinham sendo incluídas no programa já estava caindo.
Essa queda fez com que a fila de espera, que havia sido extinta no ano de 2017, voltasse a crescer.
Em maio do ano passado o programa beneficiou 14.339.058 famílias, um número recorde do Bolsa Família desde a sua criação. No mês de dezembro, o índice de beneficiários caiu para 13.170.607.
Entre janeiro de 2017 até maio de 2019, ao menos 250 mil novos beneficiários conseguiram ingressar no programa no país todo. De junho a outubro, essa taxa caiu para 5.400 novas famílias.
De acordo com fontes do governo, a fila de espera para entrar no programa já chega a 1 milhão de famílias.
O Ministério da Cidadania não se pronunciou sobre os motivos que levam a não reinclusão dos beneficiários no Bolsa Família.
O programa Bolsa Família foi criado no ano de 2003, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a junção de outros benefícios.
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O principal objetivo é realizar a transferência de renda e atender famílias que se encontram em situação de extrema pobreza e de pobreza por todo o país, ajudando-as a ter acesso aos direitos básicos como saúde e alimentação.