Previdência: em quatro anos cresce em 52% processos contra o INSS

Crise do INSS reflete em um aumento de 52% no número de processos judiciais contra a Previdência. Um levantamento feito pelo Conselho Nacional da Justiça (CNJ) mostrou que o número de ações relacionadas ao direito previdenciário vem se elevando consideravelmente nos últimos meses. As estatísticas apresentam altas tanto em nível nacional, quanto em estadual, apresentando uma variação de 245 mil a 262 mil petições por região.

Previdência: em quatro anos cresce em 54% processos contra o INSS (Imagem: Reprodução - Google)
Previdência: em quatro anos cresce em 54% processos contra o INSS (Imagem: Reprodução – Google)

O estudo mostrou que atualmente há cerca de 7,8 milhões de processos nas mãos do poder judiciário, todos relacionados a liberação de pensões e aposentadorias. Esse número representa cerca de 10% do quantitativo geral de casos em tramitação na Justiça.

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No Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, há cerca de 38,6% do valor total de 6,7 milhões de processos sob responsabilidade da Justiça Federal. Já em Brasília (DF), tramitam atualmente 74,2 mil (1,1%) processos.

Considerando a atuação situação do INSS, onde mais de 1,7 milhões de brasileiros estão com seus pedidos de benefício em análise, especialistas afirmam que a quantidade de processos deverá subir entre os próximos três meses.

Com a reforma da Previdência, aprovada no dia 13 de novembro de 2019, a fila do INSS apresentou a maior alta de sua história e ainda não foi divulgado um período de retenção desse número.

Atualmente, há brasileiros esperando por mais de 120 dias pelas suas análises, o que é contra lei, tendo em vista que o prazo máximo é de 45 dias.

Essa é uma das situações responsáveis por segurar os beneficiários e agravar a situação do INSS com o poder público.

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Mediante a situação, preocupados com o impacto que tais processos teriam nos cofres da união, o governo federal deu início a uma ação de força tarefa para tentar amenizar o número da fila do INSS.

É válido ressaltar que, além de pagar com as defesas judiciais, o instituto precisará reembolsar cada beneficiário pelo tempo em que seu benefício ficou suspenso. Isso significa que haverá o pagamento do valor normal do auxílio, mais um adicional referente aos atrasos.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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