Fim da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida? Entenda o que o governo propõem

Brasileiros temem o fim da Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. Desde o fim de 2019, o governo federal vem anunciando uma reformulação no projeto, entre as sugestões propostas está a criação de vouchers no valor de R$ 60 mil que resultou em uma suspensão temporária das faixas 1,5 e 2 do programa, destinadas para famílias com renda entre R$ 1.600 e R$ 4 mil.

Fim da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida? Entenda o que o governo propõem (Imagem: Reprodução - Google)
Fim da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida? Entenda o que o governo propõem (Imagem: Reprodução – Google)

Segundo a administração pública, o entrave aconteceu graças a concessão de subsídios (descontos a fundo perdido no valor do financiamento) bancados pelo FGTS e pela União, e deverá ser resolvido em breve. Apesar do pronunciamento, especialistas e demais agendas da sociedade civil começam a achar que a categoria de empréstimo será cancelada.

Leia também: Fim do Minha Casa Minha Vida é discutido por secretário em comunicado oficial

Isso porque o governo está vivenciando um embate público com as instituições financeiras (responsáveis pela liberação da verba) e com as principais empreiteiras nacionais (até então quem elaborava os projetos de construção dos condomínios habitacionais.

Essa disputa de poder fez com que o ministro do desenvolvimento regional, Gustavo Canuto, pedisse demissão na quinta-feira (6).

Para poder dar continuidade a reformulação do projeto, e desmentir o fim da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, o presidente Jair Bolsonaro convidou o atual secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para a assumir o cargo.

O principal ponto de alteração no programa é como os valores serão repassados para os beneficiários. O novo texto sugere que sejam criados vouchers de R$ 60 mil que deverão ser entregues diretamente para os cadastrados e os profissionais escolhidos por ele.

Leia também: Calendário PIS/PASEP 2020: confira os dias de saque neste mês 

Agora, o projeto deixará de ter apenas casas construídas do zero e permitirá a compra e reforma de imóveis já utilizados. A decisão ficará sob responsabilidade do beneficiário que também informará o nome do engenheiro que tocará sua obra.

Para poder ter o pagamento liberado, o profissional deverá enviar o projeto da construção para a aprovação do governo federal. Caso seja aceito, receberá cerca de 50% do pagamento inicial e os demais 50% no fim do serviço.

A proposta surgiu após o questionamento das instituições financeiras que afirmaram ser inseguro repassar a quantia diretamente na conta do beneficiário. Entre os pontos levantados foi questionado como o poder público iria fiscalizar essa liberação de recursos de modo que os cadastrados não as utilizassem para outros fins.

O programa segue ainda sem muita certeza de funcionamento e não apresenta um prazo para a sua regulamentação.

YouTube video player
Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
Sair da versão mobile